Universidade Federal de Minas Gerais

Instituto de Ciências Agrárias faz projeto para desenvolvimento do semiárido no Norte de Minas

segunda-feira, 22 de novembro de 2010, às 9h36

Desenvolver produtos a partir da biodiversidade local no semiárido brasileiro. Esse é o objetivo de projeto desenvolvido pelo professor Ernane Martins, do Instituto de Ciências Agrárias da UFMG, em Montes Claros.

Denominado Prospecção, caracterização e valorização de saberes e recursos genéticos de plantas medicinais e aromáticas no semiárido mineiro, o projeto será realizado no Norte de Minas e no Vale do Jequitinhonha, envolvendo cerca de 30 comunidades onde a agricultura familiar é predominante.

Nesses locais serão coletadas informações etnobotânicas que possam apontar plantas com potencial para validação de atividades biológicas (antibacteriana, antifúngica, inseticida, carrapaticida, nematicida, anti-helmíntica etc) e potencial aromático, com o objetivo de desenvolver produtos a partir da biodiversidade local.

Será realizado ainda levantamento das espécies mais demandadas pelo mercado brasileiro de plantas medicinais e identificadas prováveis áreas em que a ocorrência seja satisfatória e permita o desenvolvimento de futuros planos de manejo, ou produção em cultivo.

Além disso, serão planejadas estratégias de aproximação entre agricultores/extrativistas e compradores. As experiências de comercialização de plantas medicinais, em feiras locais, pequenas indústrias ou comércios, também serão avaliadas.

A proposta foi aprovada recentemente pelo edital do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT), que selecionou projetos com objetivo de desenvolver o semiárido Brasileiro. O projeto envolve dez docentes do Instituto de Ciências Agrárias, de várias áreas. As atividades serão coordenadas pelo professor Ernane e terá a duração de dois anos. Os recursos são de R$83.000.

Outras 167 propostas foram selecionadas para desenvolver tecnologias e inovações para a conservação, recuperação e utilização dos recursos naturais do semiárido brasileiro. Serão investidos R$ 12,5 milhões, oriundos do CT-Hidro e da Ação Transversal.