Pensar numa nova relação entre os indivíduos socialmente "regulares" e aqueles "irregulares" é um dos motes da oficina Os irregulares do/no mundo: problema e solução. Integrante do Festival de Verão da UFMG, a oficina surgiu da percepção de grupos sociais marginalizados, como grafiteiros, catadores de papel, pichadores e pequenos infratores, que não são absorvidos pelas políticas públicas e precisam criar meios próprios de sobrevivência. A oficina se propõe a identificar quem são estes "irregulares" e qual seu espaço dentro da sociedade contemporânea, entendendo suas necessidades e desejos. O coordenador da oficina, professor Célio Garcia, do Departamento de Psicologia da UFMG, afirma que este é um trabalho de conversação e articulação entre as várias vozes sociais. A oficina tem como referências o trabalho da arquiteta Cecília Loschiavo, que percebeu como os objetos descartados por um grupo social eram desprovidos de seu valor simbólico e, ao serem reaproveitados por outros grupos (moradores de rua e catadores de lixo, entre outros), recebiam novos usos e valores, numa política dos objetos; e o filme-documentário À margem da imagem, de Evandro Mocarzel e Cecília Loschiavo, que também aborda esse processo de descaracterização de objetos e imagens, que recebem novos usos e significações. Para lançar luz sobre os "irregulares", a oficina desenvolverá atividades para debater os problemas e as soluções encontradas por esses grupos marginalizados. Não há limite para o número de participantes, e não há pré-requisitos para participar das atividades. É recomendado que os participantes tragam materiais descartáveis, como revistas velhas. Os irregulares do/no mundo: problema e solução
Público-alvo: interessados em geral
Carga horária: 8 horas-aula
Período: 5 de março
Horário: 8h às 12h e 14h às 18h
Inscrições: a partir de 21/2 no site do Festival de Verão
Preço: R$ 20