O século XIX, com a explosão, no mundo todo, da imprensa e dos almanaques, viveu a febre da divulgação científica, entendida então como o caminho para o progresso. Entre os inúmeros periódicos – muitos de curta duração – que surgiram no período no Brasil, Moema de Rezende Vergara, professora da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro e pesquisadora do Museu de Astronomia e Ciências Afins (Mast), identificou um em especial. O vulgarisador: jornal dos conhecimentos úteis teve suas 38 edições analisadas pela professora e seu conteúdo, tanto de texto como imagens, reproduzido em um hotsite inserido na página da internet do Mast. O jornal era recheado de gravuras com o intuito de "vulgarizar", ou divulgar ao máximo possível de leitores o conhecimento científico de ponta da época. Para isso, o periódico contava também com outros atrativos, como textos de cronistas de sucesso da época, como José Alencar. O vulgarisador foi editado pelo português Augusto Emílio Zaluar (1825-1882), que se tornaria o primeiro escritor de ficção científica do Brasil. A coleção completa do jornal está conservada pela seção de Obras Raras da Biblioteca Nacional e agora pode ser acessada, na íntegra, na internet. Acesse: http://www.mast.br/ovulgarisador