Acervo da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro |
Apesar das dificuldades enfrentadas e da escassez de recursos técnicos, os cartógrafos e engenheiros militares que desenharam os primeiros mapas de Minas, da segunda metade do século 17 até fins do século 19, foram muito precisos. “Há uma semelhança muito grande entre a forma do território registrada nessas cartas e as imagens de satélite do século 21”, afirma o professor Antônio Gilberto Costa, coordenador do Centro de Referência em Cartografia Histórica (CRCH) e da Rede de Museus da UFMG. Segundo ele, os sertanistas e bandeirantes levantaram os primeiros dados e produziram borrões, cartas e mapas que, embora muito rudimentares, serviram de base para o trabalho de engenheiros militares e cartógrafos dos séculos 18 e 19, que acabaram por produzir mapas que muito se aproximam das imagens hoje obtidas por satélite. Na palestra que fará na noite desta quinta-feira na cidade de Tiradentes (leia mais), Antônio Gilberto Costa vai explicar que a história da formação do território de Minas Gerais pode ser contada a partir dessas cartas, culminando com os registros obtidos pelos equipamentos atuais. “Fica claro que a forma que o estado tem hoje é praticamente a mesma que aparece nos mapas a partir de meados do século 19”, completa.