Universidade Federal de Minas Gerais

Fotos: Bruna Carvalho
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PET/CT está instalado no campus Saúde da UFMG

Centro de Imagem Molecular será pioneiro no Brasil em utilizar tecnologia PET/CT para pesquisa de ponta

sexta-feira, 27 de maio de 2011, às 7h10

Passados quase três meses do terremoto que abalou o Japão, o possível vazamento das usinas nucleares continua gerando discussão no noticiário internacional. Enquanto do outro lado do planeta a radioatividade ainda causa receio, a Faculdade de Medicina da UFMG inaugura o Centro de Imagem Molecular, um complexo de equipamentos que fornecem imagens moleculares utilizando principalmente a Tomografia por Emissão de Pósitrons (PET/CT). E o que uma coisa tem a ver com a outra? É que, por aqui, a radioatividade nada tem de ameaça e será aplicada exatamente no sentido inverso: a favor da saúde e da vida.

Com inauguração marcada para esta segunda-feira, 30 de maio, o Centro de Imagem Molecular permitirá realizar exames com alta confiabilidade. Na PET/CT, os pacientes recebem uma injeção com um marcador radioativo, que vai sendo detectado no organismo. Por meio desse processo, é possível diagnosticar, por exemplo, tumores com apenas 3 milímetros de diâmetro. A tecnologia tem aplicações também na pesquisa e no diagnóstico de doenças inflamatórias, infecciosas, neurodegenerativas e mentais, além de contribuir para o desenvolvimento de novos medicamentos.

O Centro de Imagem Molecular integra o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia – Medicina Molecular (INCT-MM), projeto coordenado pelo pró-reitor adjunto de Pesquisa da UFMG, Marco Aurélio Romano-Silva, que também é professor da Faculdade de Medicina. O objetivo é a investigação de anormalidades moleculares associadas a doenças complexas. “Em nenhuma outra região do país existe um centro com essas características, usando tecnologia PET/CT preferencialmente para pesquisa de ponta. Hospitais, clínicas e demais instituições que possuem tais equipamentos o usam prioritariamente para demandas assistenciais”, diz Marco Aurélio.

A serviço da pesquisa
O INCT-MM foi financiado com mais de R$ 6 milhões da Fapemig e R$ 880 mil do CNPq. Além do Centro de Imagem Molecular, o projeto inclui o Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN), cujas primeiras atividades começaram a ser desenvolvidas ainda na década de 50.


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Sediado no campus Pampulha, o CDTN tem conhecimento e tecnologia para produção do radiofármaco flúor-18, que funciona como marcador radioativo a ser utilizado no PET/CT. Em breve, será o primeiro centro no Brasil a produzir também o carbono-11. Além disso, está recebendo uma unidade PET/CT para pesquisa pré-clínica em pequenos animais.

Marco Aurélio ressalta que o uso prioritário será para pesquisa, embora futuramente possa existir espaço para oferecer assistência à sociedade. A elaboração da proposta inicial envolveu docentes de diversas áreas como neurologia, psiquiatria, pediatria, clínica médica, ginecologia, computação e biologia. Mas outras áreas podem ser incorporadas. “A tecnologia é patrimônio de toda a UFMG. Quem tiver interesse no uso deverá elaborar uma proposta esclarecendo objetivos e financiamento e submetê-la ao comitê gestor do Centro de Imagem Molecular”, explica Marco Aurélio.

Custo-benefício
O valor de exames com tecnologia PET/CT pode variar entre R$ 2,5 e R$ 4,5 mil. Já existem decisões do Ministério da Saúde para que planos de saúde particulares cubram esse custo em determinadas situações. Um dos objetivos do INCT-MM é avaliar a viabilidade econômica do uso da tecnologia também no SUS.

Marco Aurélio acredita que o custo-benefício pode ser positivo. “Sem dúvida é um investimento alto, mas que traz economias no futuro. O diagnóstico precoce e o acompanhamento do tratamento podem minimizar gastos desnecessários”, argumenta. Ele exemplifica dizendo que o PET/CT permite saber, logo nas primeiras semanas, se um tumor está respondendo a uma quimioterapia. Caso o tratamento não esteja fazendo efeito, ele pode ser rapidamente alterado, evitando custos de estratégias ineficazes.

Arquitetura nuclear
As instalações do Centro de Imagem Molecular foram reformadas segundo projeto da arquiteta Eneida Ricardo. “O espaço receberá material radioativo, e por isso necessita de tratamento especial de refrigeração, blindagem e exaustão”, explica a arquiteta. Por envolver equipamentos de medicina nuclear, o projeto deve ser submetido à avaliação da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O trânsito dos radiofármacos e dos pacientes que já tiverem recebido a injeção do marcador se dará em uma área controlada. A arquitetura levou em consideração também o fluxo de entrada e saída de quem será submetido ao exame. “Os pacientes que deixam o local podem ter ainda um pouco de material radioativo no organismo. Não há perigo para a saúde, mas é preciso evitar o contato com quem está chegando, para que não ocorram exposições desnecessárias”, explica Eneida.

Leia mais em reportagem publicada em setembro de 2010 no Boletim UFMG.

(Assessoria de Comunicação da Faculdade de Medicina da UFMG)

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