Enfrentamento ao heterossexismo na educação é o tema do debate que será realizado no dia 20 de junho, no campus Pampulha, pelo projeto Educação sem Homofobia, do Núcleo de Direitos Humanos e Cidadania LGBT (Nuh). Segundo os organizadores, o evento tem o objetivo de contribuir para o debate acerca da diversidade sexual nas escolas. “Discutiremos um modelo de escola inclusiva, para todos, que não discrimine ninguém por sua orientação sexual”, informa o coordenador executivo do projeto Educação sem Homofobia, Daniel Arruda Martins. Para o debate foram convidados Leonardo Tolentino, do Nuh, que fará a apresentação do kit anti-homofobia do Ministério da Educação (MEC); o professor Marco Antônio Torres, da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop); e a professora Marina Reidel, mestranda em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. A mediação será feita pelo professor Paulo Nogueira, da Faculdade de Educação (FaE). Virilidade e delicadeza Entre as estratégias apresentadas estará o kit anti-homofobia elaborado pelo Ministério da Educação (MEC) e suspenso pela presidenta Dilma Rousseff. Segundo Paulo Nogueira, as discussões sobre esse material serviram de motivação para a realização do evento. Durante os debates serão apresentados e analisados os vídeos produzidos pelo Ministério. No entanto, complementa Paulo, outros kits serão abordados, pois diversas universidades produzem, há algum tempo, materiais de conteúdo semelhante aos do MEC, como UFMG, UFRJ e UFRGS. O evento, que tem entrada franca, terá início às 18h30, no auditório Luiz Pompeu de Campos, da Faculdade de Educação (FaE). Conheça mais sobre o projeto Educação sem Homofobia. (Com Assessoria de Imprensa da UFMG)
De acordo com Paulo Nogueira, o evento pretende discutir estratégias de combate à imposição do modelo heterossexista de comportamento nas escolas e às práticas de reiteração de preconceitos. “As instituições de ensino costumam impingir aos alunos comportamento de acordo com o sexo. Para as escolas, virilidade é coisa de menino e delicadeza, de menina. Qualquer pessoa que fuja dessas modulações de comportamento, como no caso dos meninos afeminados, não é reconhecida ou respeitada”, explica.