A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a American Association for Advancement of Science (AAAS) estudam firmar uma parceria para combater o analfabetismo científico. Essa cooperação entre as duas entidades tem sido discutida desde outubro do ano passado. Já foram realizados dois encontros entre as partes e ontem (12), o conselheiro senior do centro de ciências da AAAS, Norman Neureiter realizou a conferência "The role and the scope of the AAAS", na 63ª Reunião Anual da SBPC, que acontece no campus Samambaia da Universidade Federal de Goiás (UFG), em Goiânia, até a sexta-feira (15). .Essa foi a primeira vez que a AAAS participa do evento científico brasileiro. Brasil-União Europeia
Com 115 mil membros individuais, 262 sociedades afiliadas, publicação da revista semanal Science (com 1 milhão de leitores) e 163 anos de experiência desde sua fundação, a AAAS representa atualmente 10 milhões de cientistas e tem como missão o avanço da ciência, beneficiando a sociedade.
Na reunião da SBPC, Neureiter abordou as principais atividades desenvolvidas pela entidade, explicando seus objetivos estratégicos, suas relações políticas com o governo norte-americano, além do diálogo com sociedades científicas, associações, universidades e institutos de pesquisa. O conselheiro explicou que uma das linhas de ação da AAAS é a diplomacia científica, que visa melhorar as relações dos Estados Unidos com outros países, do ponto de vista científico e acadêmico. Entre seus objetivos, a A AAAS busca estabelecer e fortalecer a cooperação internacional, assistindo tecnicamente países em desenvolvimento, além de promover a harmonização de normas de forma global e a ética para a ciência.
O fortalecimento da cooperação científica entre Brasil e União Europeia também foi tema de discussão na SBPC entre pesquisadores e estudantes, na tarde de segunda-feira (11), na mesa-redonda "Cooperação Brasil-União Europeia em Educação, Pesquisa e Extensão".
Da mesa-redonda, participaram o representante de Cooperação da UE no Brasil, Jérôme Poussielgue; o coordenador do Instituto de Estudos Brasil-Europa, Moacyr Martucci; o professor da Universidade de Campinas (Unicamp), Edgar de Decca; e a professora da UFG, Ofir Bergemann de Aguiar.
Martucci explicou que o objetivo da cooperação é conceder programas de intercâmbio e estudos de línguas para estudantes das universidades parceiras e demais interessados da sociedade em geral.
No Brasil, o programa é parcialmente financiado pela Comissão Europeia, supervisionado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e pelo Itamaraty. A rede conta com vinte universidades, que trabalham em conjunto para a melhoria da qualidade do ensino superior. Ele defendeu a sustentação de um mecanismo ágil de cooperação forte e perene, para que todos os países envolvidos sejam beneficiados igualitariamente.
"Queremos trabalhar cada vez mais juntos, em todas as áreas do conhecimento, num processo que beneficie os dois lados. Vale lembrar que não adianta melhorar a universidade, se o conhecimento lá adquirido não for repassado à sociedade" - avalia.
Saiba mais em link da reportagem da rádio UFMG Educativa, que está cobrindo o evento.
(Com Assessoria de Comunicação da SBPC)