Minas é considerado um estado-chave para a pesquisa linguística, em função da grande variação de falares. A ideia é que, estudando os vários falares mineiros, talvez se possa falar em português do Brasil. Na UFMG, o grupo responsável pela pesquisa nessa área é o Variação Lexical, Fonético-Fonológica e Morfológica em Minas Gerais (VarFon-Minas-CNPq), que acaba de lançar o livro Minas é plural (Editora Fale/UFMG). Organizada pela professora Marisa do Carmo Viegas – também coordenadora do grupo – a publicação é resultado do trabalho do VarFon, e contou com a parceria dos pesquisadores César Nardelli Cambraia e Seung-Hwa Lee, ambos da UFMG. Em algumas pesquisas, o grupo teve o apoio da também de Cibele Comini César, do Departamento de Estatística do ICEx. Para responder à pergunta “por que falamos desse jeito em Minas?”, segundo a organizadora, o grupo descreve inicialmente os vários falares mineiros. É utilizada na maioria dos capítulos a Teoria da Variação e Mudança. A publicação dá ênfase ao estudo das vogais, um dos fatores mais importantes nas divisões dos falares brasileiros. Com a aprovação do Comitê de Ética na Pesquisa (Coep) da UFMG, foram coletados dados de quatro municípios de diferentes regiões: Ouro Branco (região Central), Piranga (Zona da Mata), Machacalis (Vale do Mucuri) e Itaúna (Centro-Oeste). O livro, de 179 páginas, será distribuído, e os interessados devem procurar a seção de publicações da Fale (sala 2031, telefone 3409-6007).