O uso racional de veículos particulares e os hábitos de locomoção de integrantes da comunidade universitária estarão em foco na próxima quinta-feira, 22, com a adesão da UFMG ao movimento Dia mundial sem carro. A participação da Universidade é parte da campanha Bocados de Gentileza, que busca promover mudanças de atitude, ao ressaltar a contribuição das pessoas para a boa convivência nos campi. Nesta primeira fase, a campanha tem abordado problemas relativos a trânsito, lixo e conservação das áreas verdes. Segundo a pró-reitora adjunta de Administração, Eliane Ferreira, a presença da Universidade no movimento tem o intuito de estimular o uso consciente do automóvel e mostrar como o ambiente da Universidade pode ser utilizado de forma mais consciente, proveitosa e saudável. Enquete e deslocamento monitorado “A ideia não é estabelecer uma competição, mas observar as diferentes experiências e entender os pontos positivos e negativos de todas essas formas de deslocamento”, explica Eliane Ferreira. Durante todo o dia, atividades serão realizadas no campus, em uma das pistas da avenida Mendes Pimentel, no quarteirão mais próximo à Praça de Serviços, que será fechado ao trânsito. A campanha também inclui enquete – disponível até quinta-feira, 22, no endereço http://enqueteufmg.limequery.com/56111 – dirigida aos integrantes da comunidade universitária. Segundo os organizadores do evento, ao responder ao questionário, os usuários fornecerão à Universidade importantes informações sobre preferências e hábitos de deslocamento. “A pesquisa, que pode ser respondida em apenas três minutos, será muito importante para avaliarmos ações de comunicação relativas ao tema trânsito na UFMG”, explica Eliane Ferreira. Ela comenta que a Universidade sozinha não pode fazer muito, já que o problema de trânsito sentido no campus é um reflexo da cidade, em especial da falta de transporte público de qualidade. “Temos feito gestões junto à prefeitura, além de adotarmos iniciativas próprias”, informa, ao citar demanda encaminhada à professora Heloísa Barbosa, do Departamento de Transporte e Geotecnia da Escola de Engenharia, para que oferecesse panorama da circulação e da mobilidade no campus. O resultado do trabalho, que será apresentado ao Conselho de Diretores, prevê, por exemplo, ocupação diferenciada da avenida Mendes Pimentel, com a construção de um bulevar e de ciclovias. Outra medida em andamento é a compra de serviço terceirizado de estudo do tráfego interno, que oferecerá dados para revisões na sinalização e nas áreas de estacionamento do campus. “O edital está em fase de conclusão”, adianta Eliane Ferreira, ao destacar que a análise realizada pela equipe da professora Heloísa Barbosa ofereceu subsídios para que a Universidade soubesse o que incluir no edital. “Eventos como este do dia 22 têm o intuito de sensibilizar a comunidade para o uso adequado de automóveis no campus, pois tudo o que fizermos pode ser neutralizado pelas circunstâncias, se as pessoas continuarem a aumentar o número de veículos particulares – em especial aqueles para uso individual – que chegam em busca de vagas de estacionamento”, adverte a pró-reitora adjunta de Administração.
No dia 22, um grupo de pessoas vai fazer o trajeto de cerca de onze quilômetros entre o centro de Belo Horizonte e o campus Pampulha a pé, de ônibus, de bicicleta e de carro. Todos terão o tempo de percurso cronometrado e irão relatar as dificuldades encontradas no caminho.