Pesquisa da Fundação Itaú Social realizada em parceria com o Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional de Minas Gerais (Cedeplar/UFMG) sobre alunos do 3º ao 9º ano de escolas municipais de Belo Horizonte mostra que o programa Escola Integrada teve impacto positivo nas notas dos estudantes. As médias de matemática dos que participaram do programa no período de 2008 a 2010 aumentaram 4,6%, se comparadas às notas dos que não participaram. O estudo analisou dados da Avaliação do Conhecimento Apreendido (Avalia-BH), que contém informações de todos os alunos das 170 escolas municipais. De acordo com a professora da Faculdade de Ciências Econômicas (Face) Ana Hermeto, a investigação procurou abranger aspectos mais amplos como hábitos, percepções e a alimentação dos alunos. “O grande diferencial é o programa como um todo. A proximidade com a comunidade, as oficinas, a alimentação na escola. Não é possível dissociar um aspecto do outro”, afirma. Uma primeira avaliação de impacto, realizada pela Fundação apenas um ano depois do início do programa, em 2008, já havia detectado que as crianças que estudam nas escolas de jornada ampliada aumentaram tempo de leitura, uso do computador, frequência nas atividades culturais e na realização de atividades em casa. A pesquisa constatou ainda que a Escola Integrada aumenta a chance de melhorar o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) da instituição. Passado três anos, nessa segunda fase da pesquisa, foram comparadas as médias dos alunos participantes e não participantes e constatou-se, para ambas as disciplinas, que o impacto positivo acompanha o tempo de participação: os alunos de escolas que ingressaram no programa desde o princípio tiveram melhor desempenho. A Escola Integrada começou em 25% das instituições municipais da capital e hoje alcançou a faixa dos 75%. As 140 escolas que adotam o modelo têm 35 mil alunos. A iniciativa deve chegar a 65 mil em 2012 (50% da rede de ensino fundamental). Em BH, são utilizados clubes, igrejas, museus e quadras para realização das atividades. Foram feitas parcerias com 11 universidades para contratar 500 monitores para trabalhar no programa. (Com Assessoria de Imprensa da Fundação Itaú Social)