A Escola de Engenharia promove nas próximas quinta e sexta-feira, dias 6 e 7 de outubro, a mostra Humberto Mauro: a invenção de um cinema, iniciativa conjunta com o Projeto República. A ideia é apresentar filmes do cineasta mineiro à comunidade acadêmica. Humberto Mauro é ex-aluno da Escola, onde estudou durante o ano de 1914, quando a unidade ainda era chamada Escola Livre de Engenharia de Belo Horizonte. A mostra integra as comemorações do centenário da Escola. Na quinta-feira, a mostra será aberta às 18h com a presença do historiador Augusto Borges e uma apresentação audiovisual com leitura contemporânea das imagens antológicas dos primeiros trabalhos de Humberto Mauro. A parte musical estará por conta de Gilberto Mauro, sobrinho do cineasta, e de Ricardo Garcia. Em seguida, a partir das 20h, serão exibidos oito curta-metragens que vão das décadas de 1940 a 60. A maioria faz parte da série Brasilianas, que registra o homem simples do interior, seus costumes e tradições. Na sexta-feira, dia 7, serão exibidos dois longas do cineasta. A partir de 12h30, o público poderá acompanhar a obra O descobrimento do Brasil (1937), filme roteirizado por Humberto Mauro a partir da carta de Pero de Vaz de Caminha. A trilha sonora é de Heitor Villa-Lobos. Às 18h, será a vez de Canto da saudade (1952), história do interior de Minas Gerais sobre o lamento de uma sanfona ouvido próximo a um canavial. O evento, realizado no auditório da Escola de Engenharia, no campus Pampulha, terá entrada gratuita. Folclore e identidade Ficou conhecido por retratar temas como folclore, meio rural, cancioneiros populares e a identidade nacional em diversas facetas. Em Belo Horizonte, uma sala de cinema no Palácio das Artes leva o nome do cineasta. (Assessoria de Comunicação do Projeto Centenário da Escola de Engenharia da UFMG)
Humberto Mauro, que teve que abandonar o curso de Engenharia na UFMG por razões financeiras, nasceu em 1897 e faleceu em 1983. Foi um dos pioneiros do cinema brasileiro, responsável por mais de 350 obras (somente no período de pouco mais de 30 anos em que trabalhou para o Instituto Nacional de Cinema Educativo, órgão que era vinculado ao Ministério de Educação e Saúde). Misturou seu gosto pela arte com a excelência técnica adquirida nos estudos, após concluir o curso de engenharia eletromecânica por correspondência no Rio de Janeiro.