A questão do acesso à informação no contexto de transição da ditadura militar para o regime democrático no Brasil será debatida no próxima terça, dia 11, a partir de exposição da pesquisadora Shirlene Linny da Silva, mestra em Ciência da Informação pela UFMG. O evento, que faz parte da série Novos Registros – Banco de Teses sobre BH, terá início às 19h, no auditório do Centro de Cultura de Belo Horizonte, com entrada gratuita. A promoção é da Fundação Municipal de Cultura e do Arquivo Público de Belo Horizonte. A pesquisadora defendeu em 2007 dissertação com o título Construindo o direito de acesso aos arquivos da repressão: o caso do Departamento de Ordem Política e Social de Minas Gerais. Ela analisa o caso do acesso aos documentos do Dops, sob três aspectos: legais, contexto de produção e uso dos documentos e disputas político-sociais. O Dops foi criado na década de 1950 para realizar vigilância política e social; com o processo de redemocratização, os departamentos dos diversos estados foram sendo extintos e seus acervos tornaram-se objeto de disputas entre os que defendiam a necessidade de manutenção do sigilo e aqueles favoráveis ao acesso aos chamados “arquivos da repressão”. Em 1990, foi promulgada lei estadual que determinava o recolhimento dos documentos do Dops ao Arquivo Público Mineiro (APM), mas apenas em 1998 os documentos foram recolhidos a essa instituição. Após a palestra, a autora participará de bate-papo com o público. Sobre a palestrante Os trabalhos que compõem o projeto Novos Registros podem ser consultados, pessoalmente, no Banco de Teses do Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte, localizado na rua Itambé, 227, Floresta. Os espectadores terão direito a certificado de participação, que deve ser solicitado por meio do livro de presença disponível no dia do evento. O documento será entregue ao final do debate. O Centro de Cultura Belo Horizonte fica na rua da Bahia, 1.149, Centro. Outras informações pelo telefone 3277-4665. (Assessoria de Comunicação da Fundação Municipal de Cultura)
Shirlene Linny da Silva é graduada em História pela UFMG e em Arquivologia pela Uni-Rio. Atua nas áreas de gestão de documentos e arquivos permanentes, e realizou trabalhos técnicos em diversas instituições públicas. Em 2009, foi contratada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), onde é responsável pela coordenação de arquivos correntes.