Formação médica é tema de congresso no campus Pampulha

Mais de três mil pessoas, entre professores, estudantes, gestores e outros profissionais da área de saúde, participam do 49º Congresso Brasileiro de Educação Médica (Cobem), que será realizado de 12 a 15 de novembro, no campus Pampulha.

Com o tema Educação médica: o desafio de integrar, humanizar e avaliar, o evento acontece pela primeira vez em Belo Horizonte, dentro das comemorações do centenário da Faculdade de Medicina da UFMG.

De acordo com a presidente da comissão científica do Cobem, professora Eliane Dias Gontijo, o destaque da programação é a integração das diversas atividades científicas e o eixo transversal de cultura e humanidades, com foco em saúde, educação, solidariedade, responsabilidade e compromisso social.

Um exemplo são as várias sessões de cinema comentado que vão ocorrer durante o congresso. “Queremos que o debate vá além do tradicional caráter técnico-científico”, afirma. Além disso, estão programadas apresentações de bandas e espetáculos de dança.
As discussões do Congresso foram estruturadas em quatro eixos temáticos: formação profissional do médico, estratégias educacionais na formação médica, desenvolvimento e valorização do aluno e processos de avaliação na escola médica.

Residência e estágios
Dentre os assuntos em debate está o processo de implementação das diretrizes curriculares nacionais para a graduação em Medicina, dez anos após sua aprovação. Temas polêmicos como a residência médica e a lei de estágios serão discutidos em um dos dez fóruns do Cobem. Outro destaque é a participação de diretores de dez cursos de Medicina de países vizinhos, do Mercosul e da Comunidade Andina, em discussão sobre educação médica na América Latina, patrocinada pela Organização Panamericana de Saúde (Opas).

Segundo a professora Eliane Dias Gontijo, uma das preocupações que perpassam essas discussões é o aprimoramento da formação do professor, por meio de técnicas e estratégias de ensino. “Ser um bom profissional nem sempre se traduz em ser um bom professor”, comenta. “Queremos debater as diferentes estratégias que os professores utilizam para estimular seus alunos, com novas metodologias de ensino ou novas formas de avaliação, na expectativa de que o aprimoramento da educação médica traga, como consequência, melhor atenção à saúde da população”.

(Com Assessoria de Comunicação da Faculdade de Medicina)