Universidade Federal de Minas Gerais

Thaiz Maciel
Aline%20Farmacia.jpg
Aline trabalha para agregar outras características a alimento funcional

Provadores testam produtos em laboratório da Farmácia a partir de aspectos apreciados pelos consumidores

quinta-feira, 17 de novembro de 2011, às 7h02

Aparência, aroma, sabor e textura. Sem perceber, é com base nesses elementos que o consumidor define sua preferência por determinados alimentos industrializados. Tais características integram o leque de aspectos observados nos testes de rotina do Laboratório de Análise Sensorial e Estudos de Consumidor (Lasec), do Departamento de Alimentos da Faculdade de Farmácia.

“Convidamos provadores ou julgadores que avaliam sensorialmente amostras – de alimentos, cosméticos, produtos de higiene pessoal e medicamentos”, informa a coordenadora, professora Lúcia Helena Esteves dos Santos Laboissière. Ela explica que as atividades do Lasec resultam de pesquisas da própria Faculdade ou de demandas de empresas.

O trabalho de mestrado da nutricionista Aline Cristina Pinheiro Amorim une as duas vertentes. Procurada por empresa da Região Metropolitana de Belo Horizonte para colaborar no desenvolvimento de produto funcional – que, além de fornecer nutrientes, seja capaz de exercer ação benéfica no organismo –, a pesquisadora testou matérias-primas, desenvolveu formulações e preparou amostras analisadas por provadores voluntários – consumidores de produtos com ingredientes funcionais.

Inicialmente foi realizado o teste cego convencional, em que as amostras são codificadas e o provador não recebe informações sobre o alimento em teste. Na segunda fase, os julgadores avaliaram sensorialmente as mesmas amostras, dessa vez na presença das embalagens. “Nossa intenção foi compreender o quanto as informações nutricionais e de rotulagem que constam na embalagem iriam influenciar na aceitação do produto”, explica Aline Amorim. Posteriormente, foi aplicado o teste de ordenação da preferência, no qual 120 provadores receberam amostras codificadas e, em função do sabor, escolheram aquelas de que mais gostaram.

O objeto da pesquisa de Aline Amorim é um doce de banana prebiótico composto por fibras não digeríveis pelas enzimas do organismo humano, mas capazes de estimular o crescimento de bactérias benéficas que colonizam o intestino. “Existem produtos similares no mercado, mas nossa formulação busca agregar outras características funcionais desejáveis”, conta.

Instrumentos de medida
A professora Lúcia Helena Laboissière explica que há dois tipos de seleção de provadores. “Há casos em que recrutamos e selecionamos candidatos a provador de acordo com determinada característica desejável para o projeto. Eles são treinados, porque o tipo de resposta que buscamos deve ser confiável, precisa e reprodutível”, diz, lembrando que o processo é semelhante ao desenvolvido em ambiente laboratorial convencional. “A única diferença é que nossos instrumentos de medida são as pessoas”, acrescenta.

O procedimento inclui a definição dos atributos que melhor descrevem as amostras e o posterior treinamento dos candidatos a provador em função de sua habilidade sensorial para reconhecer e quantificar tais atributos. Os dados fornecidos pelos provadores são tratados estatisticamente com o objetivo de determinar o perfil sensorial do produto. No caso de estudos com consumidores, estes são recrutados e selecionados com base em critérios sociodemográficos – idade, gênero e renda familiar – e de frequência de consumo do produto ou de algum similar que exista no mercado. A intenção é descobrir, por exemplo, o que tem mais importância para determinado segmento de consumidores: se as características sensoriais, como aroma e sabor, ou as informações de rotulagem e os atributos da embalagem.

Com relação à aproximação entre universidade e empresas, Lúcia Helena Laboissière comenta que “assim como há a pesquisa básica, há linhas que investigam de que maneiras seu objeto interfere na sociedade”. Ao citar o mestrado de Aline Amorim, em andamento, a professora ressalta que a parceria com o mercado também pode impulsionar o avanço do conhecimento. “O trabalho começou com as matérias-primas e o teste de todas as formulações, com o objetivo de descobrir a quantidade correta de ingredientes para obter formulações ricas em fibras, com propriedade funcional e que mantivessem o sabor e a consistência inalterados, sem extrapolar os limites de adição estabelecidos pela legislação”, descreve a professora.

Lúcia Laboissière explica que, além de garantir a qualidade dos alimentos nos aspectos físico-químico, higiênico-sanitário e toxicológico, as indústrias reconhecem a importância da qualidade sensorial, que pode fazer a diferença na aceitação ou rejeição de um produto pelo mercado consumidor. “As pequenas e médias empresas não têm essas respostas. Elas produzem e buscam essa parceria nas universidades e institutos de pesquisa”, comenta.

De acordo com a professora, todas as pesquisas desenvolvidas no Lasec sob a sua coordenação estão estreitamente relacionadas com estudos de pesquisa, desenvolvimento, processamento e inovação tecnológica, realizados em outros laboratórios do Departamento de Alimentos.

(Boletim UFMG, edição 1757)

05/set, 13h24 - Coral da OAP se apresenta no Conservatório, nesta quarta

05/set, 13h12 - Grupo de 'drag queens' evoca universo LGBT em show amanhã, na Praça de Serviços

05/set, 12h48 - 'Domingo no campus': décima edição em galeria de fotos

05/set, 9h24 - Faculdade de Medicina promove semana de prevenção ao suicídio

05/set, 9h18 - Pesquisador francês fará conferência sobre processos criativos na próxima semana

05/set, 9h01 - Encontro reunirá pesquisadores da memória e da história da UFMG

05/set, 8h17 - Sessões do CineCentro em setembro têm musical, comédia e ficção científica

05/set, 8h10 - Concerto 'Jovens e apaixonados' reúne obras de Mozart nesta noite, no Conservatório

04/set, 11h40 - Adriana Bogliolo toma posse como vice-diretora da Ciência da Informação

04/set, 8h45 - Nova edição do Boletim é dedicada aos 90 anos da UFMG

04/set, 8h34 - Pesquisador francês aborda diagnóstico de pressão intracraniana por meio de teste audiológico em palestra na Medicina

04/set, 8h30 - Acesso à justiça e direito infantojuvenil reúnem especialistas na UFMG neste mês

04/set, 7h18 - No mês de seu aniversário, Rádio UFMG Educativa tem programação especial

04/set, 7h11 - UFMG seleciona candidatos para cursos semipresenciais em gestão pública

04/set, 7h04 - Ensino e inclusão de pessoas com deficiência no meio educacional serão discutidos em congresso

Classificar por categorias (30 textos mais recentes de cada):
Artigos
Calouradas
Conferência das Humanidades
Destaques
Domingo no Campus
Eleições Reitoria
Encontro da AULP
Entrevistas
Eschwege 50 anos
Estudante
Eventos
Festival de Inverno
Festival de Verão
Gripe Suína
Jornada Africana
Libras
Matrícula
Mostra das Profissões
Mostra das Profissões 2009
Mostra das Profissões e UFMG Jovem
Mostra Virtual das Profissões
Notas à Comunidade
Notícias
O dia no Campus
Participa UFMG
Pesquisa
Pesquisa e Inovação
Residência Artística Internacional
Reuni
Reunião da SBPC
Semana de Saúde Mental
Semana do Conhecimento
Semana do Servidor
Seminário de Diamantina
Sisu
Sisu e Vestibular
Sisu e Vestibular 2016
UFMG 85 Anos
UFMG 90 anos
UFMG, meu lugar
Vestibular
Volta às aulas

Arquivos mensais:
outubro de 2017 (1)
setembro de 2017 (33)
agosto de 2017 (206)
julho de 2017 (127)
junho de 2017 (171)
maio de 2017 (192)
abril de 2017 (133)
março de 2017 (205)
fevereiro de 2017 (142)
janeiro de 2017 (109)
dezembro de 2016 (108)
novembro de 2016 (141)
outubro de 2016 (229)
setembro de 2016 (219)
agosto de 2016 (188)
julho de 2016 (176)
junho de 2016 (213)
maio de 2016 (208)
abril de 2016 (177)
março de 2016 (236)
fevereiro de 2016 (138)
janeiro de 2016 (131)
dezembro de 2015 (148)
novembro de 2015 (214)
outubro de 2015 (256)
setembro de 2015 (195)
agosto de 2015 (209)
julho de 2015 (184)
junho de 2015 (225)
maio de 2015 (248)
abril de 2015 (215)
março de 2015 (224)
fevereiro de 2015 (170)

Expediente