Universidade Federal de Minas Gerais

Ministério da Saúde anuncia uso do Observatório da Dengue da UFMG para combater a doença

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011, às 16h38

O Ministério da Saúde anunciou nesta segunda-feira, 5, que irá adotar o Observatório da Dengue, desenvolvido por equipe de pesquisadores do Departamento de Ciência da Computação da UFMG, como uma das ações de combate à doença em todo o Brasil, com foco nas cidades com mais de cem mil habitantes.

O sistema monitora as mensagens que trazem relatos pessoais relacionados à dengue postadas nas redes sociais Twitter e Facebook para diagnosticar os municípios que aparentemente estão em fase de surto da doença. A novidade do Observatório, lançado em março deste ano, é que o Ministério da Saúde contará com um sistema de alarme como ferramenta de vigilância de rumores.

O alerta, que mostra as localidades onde os riscos de uma epidemia são iminentes, é representado em um gráfico e o surgimento de uma bola vermelha na tela sinaliza que aquele é um ponto crítico. “Estamos utilizando mais uma ferramenta para vigilância da dengue no país. Agora temos o Observatório da Dengue, que antecede a notificação dos casos da doença nos municípios”, afirmou o ministro Alexandre Padilha. Segundo ele, por meio da rede social o Ministério poderá verificar a notificação de casos de dengue feita pelos municípios, comparando os dados enviados pelas regiões com as mensagens de experiências pessoais com a doença feitas pelo Twitter e Facebook. O anúncio da utilização do Observatório pelo Ministério da Saúde foi feito durante o lançamento da Campanha Nacional de Combate à Dengue 2011/2012, em Brasília.

O coordenador do projeto, Wagner Meira Júnior, professor do Departamento de Ciência da Computação da UFMG, explica que o Observatório acompanha as mensagens em tempo real e, por isso, a identificação dos locais com focos de dengue é imediata.

“Partimos da premissa de que, se há relato de experiências pessoais com dengue, há dengue. Conseguimos identificar as localidades onde deve haver surto quando aumenta o volume de mensagens relatando experiências com a doença, como sintomas ou a incidência de casos na família”, salienta.

As informações coletadas serão repassadas ao Ministério da Saúde por meio de relatórios, que irão subsidiar as ações de combate à dengue desenvolvidas pelo governo federal.

De acordo com o professor, foi desenvolvido um índice de confiabilidade para cada município a fim de possibilitar a mensuração da representatividade das mensagens postadas nas redes sociais. O índice foi desenvolvido a partir da correlação do tráfego de mensagens na internet e o número de notificações de casos de dengue cedido pelo Ministério da Saúde.

A tecnologia do Observatório da Dengue também consegue separar automaticamente as mensagens que efetivamente se tratam de relatos de experiências pessoais daquelas que integram campanhas institucionais ou possuem conteúdo humorístico, por exemplo. As palavras-chave fornecidas para a coleta de dados relevantes incluem, além de dengue, mosquito e Aedes aegypti, sintomas como dor, manchas, febre e outros relativos à doença. Para realizar essa varredura, as ferramentas são treinadas para reconhecer uma informação válida.

Wagner Meira destaca a importância da utilização da internet como ferramenta social. “É interessante observarmos o quanto a Web deixa de ser um artefato tecnológico e se torna um reflexo da sociedade”, ressalta.

Lançado em março, o Observatório da Dengue integra o Observatório da Web, tema de um dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs) sediados na UFMG. Por meio de tecnologias desenvolvidas para o projeto, pesquisadores já demonstraram que é alta a correlação entre o volume de registros de mensagens sobre dengue nas redes sociais e a ocorrência de surtos e focos nos locais de origem das informações.

O serviço, acessível pela internet, está hospedado no endereço http://observatorio.inweb.org.br. Na página, é possível consultar, por exemplo, mapa com o tráfego de mensagens sobre a doença, com sua localização geográfica. A funcionalidade que faz o cruzamento dos dados do Governo Federal com dados coletados nas redes sociais é de acesso restrito ao Ministério da Saúde, assim como o sistema de alarme.

O Observatório da Web, modalidade de ferramenta de monitoramento focada em extrair informação útil sobre comportamento de usuários de internet frente a fenômenos sociais, também já acompanhou a Copa do Mundo de Futebol e as eleições de 2010.

O projeto integra estudos do INCT para a Web, ou INWeb, apoiado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia e pela Fapemig. A coordenação é do Departamento de Ciência da Computação da UFMG. O protótipo para o serviço destinado ao monitoramento e previsão de surtos de dengue tem parceria com o INCT em Dengue, coordenado também pela UFMG. Os INCTs, criados no final de 2008, são financiados pelo CNPq e Fapemig.

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(Assessoria de Imprensa da UFMG)

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