Pessoas com necessidades especiais devem fazer até dia 13, segunda-feira, suas inscrições para as quatro oficinas inclusivas do Festival de Verão da UFMG 2012. O objetivo das inscrições antecipadas é possibilitar a preparação das atividades de acordo com o número de participantes com demandas específicas. As pessoas sem limitações interessadas em participar dessas atividades poderão se inscrever enquanto houver vagas. As oficinas inclusivas vão tratar de memória em idosos, ilustração em braile, relação com a cidade e visões do globo terrestre. As inscrições devem ser feitas pelo site da Fundep. A experiência de juntar participantes com e sem necessidades especiais é inédita no evento, que oferece 319 vagas em 14 oficinas. O tema deste ano é Folia de poesia. A artista plástica e ilustradora Maria José Boaventura, que trabalha também com desenhos que utilizam o braile, pretende levar para a oficina o desafio “extremamente interessante” de criar uma imagem que deve ser sentida com o tato. Além disso, ela antevê a emoção gerada pela troca de informações e sensações entre cegos e videntes. “Espero mostrar o trânsito entre linguagens e olhares, e a beleza de traduzir traços e cores em texturas e relevos”, ela diz. (leia mais) Pessoas com mais de 60 anos, inclusive cadeirantes, terão oportunidade de aprender sobre o funcionamento da memória, como ela é armazenada e resgatada, e conhecer estratégias para maximizar o seu aproveitamento na velhice. A atividade estará a cargo da professora Marcella Tirado, da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional da UFMG. (leia mais) Na área das ciências exatas, a oficina inclusiva tem espaço para surdos e pessoas como pouca mobilidade. A professora aposentada do ICEx Regina Carvalho vai oferecer uma visão ampla do que se conhece hoje sobre a Terra e de como se obteve esse conhecimento. Por meio de atividades práticas, ela vai localizar nosso planeta no Sistema Solar, falar da estrutura da Terra, da gravitação e do magnetismo terrestre. Crianças e adolescentes entre 8 e 13 anos de idade, inclusive com deficiência visual e motora, vão explorar as ruas da cidade. Serão 36 horas de práticas – ligadas a habitar, cozinhar, plantar, jogar etc. O coordenador da oficina, Adriano Corrêa, que é professor da Escola de Arquitetura da UFMG, diz que, da mesma forma que não se pode prever o que se vai encontrar em uma atividade desse gênero, “são inesperadas também as formas de dar conta da cidade a partir de diferentes capacidades”. Outras informações estão no hotsite do Festival de Verão.