Loiro ou negro, careca ou cabeludo, cego, de olhos arregalados ou apertadinhos, corredor frenético ou cadeirante bom de roda formam o público potencial da oficina Invenção de práticas do não saber, atração da sexta edição do Festival de Verão da UFMG. O objetivo da oficina, que ocorre nos dias 18 e 19 de fevereiro, é levar crianças e adolescentes de oito a 13 anos a lançarem novo olhar e a se relacionarem de forma diferente com o espaço público urbano. O grupo, formado por 24 alunos somados aos oito oficineiros, percorrerão – a pé, de ônibus e metrô – alguns pontos da cidade, carregando, cada um, uma mochila que conterá apenas aquilo que for necessário para cumprir a jornada. Partindo da rodoviária às 9h do sábado de carnaval, os alunos realizarão várias atividades na região central de Belo Horizonte: farão um piquenique no Parque Municipal, plantarão sementes e brotos ao longo do caminho, brincarão com os meninos de rua na Praça do Colégio Arnaldo e recolherão materiais recicláveis que possam servir de alegoria e fantasias do bloco de carnaval que será criado pelo grupo. O final da jornada de sábado será o Centro Cultural UFMG, onde dormirão. No domingo, os alunos se encontrarão com os integrantes do bloco de carnaval Tico-tico Serra Copo. Para Joseane Jorge, uma das instrutoras da oficina, a proposta é experimentar a rua do modo como ela se apresenta, descobrindo os recursos, as pessoas e seus usos. "O ‘habitar’ parte do pressuposto da convivência e, dessa forma, as tarefas se orientarão pela conversa e pelas trocas de vivências e histórias entre os participantes e outros personagens.” A oficina tem 24 vagas e é aberta também a alunos cegos e cadeirantes. Para esse grupo, as inscrições terminam nesta segunda-feira, dia 13, enquanto para os outros participantes vão até quando houver vagas. Para se inscrever e obter outras informações, acesse o site do evento.