Foca Lisboa A abordagem de Weingarden parte do ensaio O pintor da vida moderna (1859), de Charles Baudelaire, para chegar à experiência proporcionada pelo Instituto Cultural Inhotim, localizado na cidade de Brumadinho, região metropolitana de Belo Horizonte. Tomando por base a ideia da função transformadora da experiência estética da obra de arte, a pesquisadora diz que a instalação representa a virada do “movimento imaginado do espectador quando vê a obra de arte para o movimento verdadeiro através da obra”. Essa virada, segundo ela, envolve ainda o papel crescente do espectador na contribuição para o sentido da obra de arte. “Enquanto Baudelaire definiu esta nova estética de engajamento dentro do contexto da Paris moderna, o cenário rarefeito dos jardins do Inhotim, com sua coleção de instalações de arte, aumenta a experiência transformadora e participativa que é central para o encontro estético”, escreveu Lauren Weingarden. Professora associada do Departamento de História da Arte na Florida State University, Weingarden pesquisa nas áreas de arte moderna, arquitetura, linguística, teoria literária e interpretação interdisciplinar.
A virada performativa na arte da instalação como parte de uma trajetória histórica que vai da modernidade do século 19 à pós-modernidade do século 21 será o tema de palestra da professora Lauren Weingarden, da Florida State University, nesta quinta, 12, na Faculdade de Letras, campus Pampulha. Com entrada franca e tradução simultânea, a palestra terá início às 14h, na sala 1007.