Universidade Federal de Minas Gerais

Professor da UFMG vê Rio+20 ‘esvaziada’

quarta-feira, 13 de junho de 2012, às 0h17

A natureza dos problemas ambientais, que requer uma articulação globalizada, e a grave crise financeira internacional são os dois principais fatores que, na opinião do pesquisador da UFMG Alisson Barbieri, comprometem a capacidade da Conferência Rio+20 em apontar soluções consistentes.

Um dos organizadores do livro População e sustentabilidade na era das mudanças ambientais globais, lançado semana passada, Barbieri afirma que os países, isoladamente, não podem resolver os grandes desafios colocados desde a Rio 92. “E os interesses ainda não convergem para a busca de uma articulação capaz de criar mecanismos internacionais para enfrentar esses problemas”, avalia.

Professor do Departamento de Demografia da Faculdade de Ciências Econômicas, Barbieri comenta que, além desse fator conjuntural, do ponto de vista estrutural também não se construiu um arcabouço internacional para tratar a questão ambiental. “A Rio+20 está esvaziada, os grandes líderes mundiais não estão vindo. Teremos resultados muito tímidos. Espero que, para alcançar resultados positivos, não precisemos de uma Rio+40, o que talvez já seja tarde para termos uma vida saudável nesse planeta”, analisa.

A conferência, que começa hoje, 13, no Rio de Janeiro, tem dois temas principais, a economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza e a estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável.

Novo padrão de consumo
O livro População e sustentabilidade na era das mudanças ambientais globais analisa os desafios da sustentabilidade ambiental no Brasil à luz dos temas discutidos na Rio+20. “Nossa intenção é abordar, sob o ponto de vista da Demografia, os temas atuais mais importantes da atualidade que estão na pauta da Conferência, como a vulnerabilidade populacional frente às mudanças climáticas”, diz o professor, ao citar como exemplo estudos segundo os quais o aumento previsto na temperatura terá impacto significativo na agricultura de subsistência no Nordeste brasileiro, podendo gerar fluxos migratórios. Do mesmo modo, áreas costeiras são extremamente vulneráveis è elevação do nível do mar.

Segundo o pesquisador, a obra também discute a necessidade de construção de estratégias de desenvolvimento sustentável. “Uma delas é a necessidade de modificar as relações de produção e de consumo”, enfatiza, ao lembrar que a produção responde a demandas, o que coloca nas mãos do consumidor parte da responsabilidade sobre as opções feitas pela sociedade.

Ele cita o atual padrão de transporte urbano, com quase um automóvel por pessoa, e o consumo cada vez maior de carne, como exemplos de um padrão que precisa ser abandonado. Barbieri afirma que os avanços tecnológicos não são suficientes para superar os desafios ambientais, pois não basta que a indústria produza carros “limpos”, se o número de veículos não para de crescer. “É necessário uma mudança mais profunda, trata-se de uma questão cultural: a sociedade deve privilegiar a qualidade ambiental em detrimento de formas tradicionais de consumo”, enfatiza.

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