Examinar o desempenho de pesquisadores por meio de medidas de produtividade contribuiu para estimular o desenvolvimento da pesquisa no país e no mundo. Mas as maneiras de mensurar e qualificar esse trabalho estão longe de representar um consenso. Algumas visões críticas sobre o produtivismo científico serão debatidas neste sábado, 1º de setembro, a partir de 11h, no Espaço TIM UFMG do Conhecimento, dentro do projeto Café Controverso. Os professores Luciano Mendes de Faria Filho, da Faculdade de Educação, e Ivan Domingues, da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, são os convidados. Ao criticar a pressão e o imediatismo que acredita ter tomado conta do ambiente acadêmico, o filósofo Ivan Domingues defende uma produtividade que não beire o que chama de “taylorismo acadêmico” nem seu oposto, que denomina “laxismo”, ou preguiça intelectual. “Nos parâmetros de hoje, Einstein seria considerado improdutivo”, exemplifica Domingues. “A produção ciência é de lenta maturação. Por isso, é preciso lidar com critérios mais inteligentes e qualitativos, e com parâmetros de tempo mais dilatados”, acrescenta ele, antecipando a linha de argumentação que apresentará no Café Controverso. Luciano Mendes, por sua vez, acredita que não se deve estabelecer critérios avaliativos sem se levar em conta a configuração institucional da academia. Ele lembra, por exemplo, que nas universidades um docente é obrigado a conciliar atividades de ensino, de pesquisa, de extensão e administrativas. “É muito difícil aumentar a produção atuando tão intensamente em tantas frentes. Isso leva a um esgotamento”, afirma. O Espaço TIM UFMG do Conhecimento está localizado na Praça da Liberdade. Mais informações pelo telefone (31) 3409-8350. (Com Assessoria de Imprensa do Espaço TIM UFMG do Conhecimento)