Universidade Federal de Minas Gerais

Bruna Brandão/UFMG
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Roberta Stancioli: idosos casados tendem a compartilhar hábitos saudáveis

Convivência doméstica influencia uso que idosos fazem dos serviços de saúde, conclui estudo da Face

segunda-feira, 17 de setembro de 2012, às 5h54

O crescente aumento da expectativa de vida tem gerado desafios nas áreas de saúde e políticas públicas voltadas para a população idosa, que demanda infraestrutura apropriada para solicitar e receber atendimentos médicos.

A dissertação Arranjos domiciliares e a utilização de serviços de saúde dos idosos brasileiros, defendida mês passado no Programa de Pós-graduação em Demografia da Faculdade de Ciências Econômicas da UFMG, sugere algumas pistas sobre as necessidades específicas dessa parcela da sociedade.

A autora do trabalho, Roberta Stancioli Marinho Costa, utilizou dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) referente ao ano de 2008 para analisar três formas de utilização de serviços de saúde: consulta médica, atendimento hospitalar e atendimento de emergência em domicílio.

Entre os resultados, a pesquisa apontou que idosos que moram apenas com outras pessoas da terceira idade utilizam os serviços de saúde de forma mais adequada do que aqueles que vivem com adultos mais jovens, supostamente os filhos.

A proposta foi associar a maneira como os idosos brasileiros vivem – sós, acompanhados dos cônjuges, dos filhos ou de outras pessoas da terceira idade – ao uso que fazem dos serviços de saúde. A amostra populacional compreendida foi de 39.346 indivíduos. Em um primeiro momento, foi feita a comparação entre a utilização de serviços de saúde por idosos que moravam sozinhos e aqueles que dividiam sua residência com mais alguém. Entre as três categorias de serviços analisadas, somente o atendimento de emergência apresentou diferenças significativas, já que era mais demandado por indivíduos que moravam sozinhos.

Companhia
Para idosos que vivem acompanhados de outras pessoas, observou-se que diversos fatores influenciam na utilização dos serviços de saúde, como presença de cônjuge, tipos de corresidentes e o fato de serem ou não “pessoa de referência” no grupo – um chefe de família, por exemplo.

“O idoso casado tem menor probabilidade de receber atendimento de emergência em casa”, aponta a autora, graduada pela Escola de Enfermagem da UFMG. Para ela, a partir desse resultado é possível inferir – embora não concluir – que os cônjuges compartilham hábitos saudáveis e estimulam-se a adotar mais cuidados preventivos.

Em relação ao papel que o indivíduo exerce em seu grupo doméstico, os dados apontaram que o idoso como pessoa de referência tem menor chance de ser internado em relação aos outros, além de apresentar menor probabilidade de receber atendimento de emergência. Segundo Roberta, esses resultados corroboram a literatura científica, que indica que o fato de ser ou não pessoa de referência influencia na saúde do indivíduo.

Quanto aos corresidentes, os idosos que moravam apenas com outras pessoas de idade avançada foram os que mais passaram por consultas médicas, além de terem sido menos internados.

“Surpreendentemente, morar com adultos mais jovens, supostamente os filhos, não oferece proteção para os idosos no que diz respeito à utilização de serviços de saúde”, revela a recém-mestre. Segundo ela, uma possível explicação para essa realidade seria a falta de tempo dos filhos.

“Em geral, eles integram a população em idade ativa e, apesar de morarem com os pais, não têm tempo de dispensar a eles os cuidados necessários, como levar ao médico e estimular hábitos preventivos”, sugere. Já os idosos que residem com seus pares parecem se comprometer uns com os outros, ajudando-se mutuamente.

A pesquisa comparou, ainda, o uso que homens e mulheres fazem dos serviços de saúde na terceira idade. O resultado apontou que elas apresentam quase o dobro de chances de realizar consultas médicas em relação a eles – que, por sua vez, sofrem mais internações.

Quanto ao atendimento de emergência, não se verificou diferença de gêneros estatisticamente significativa entre idosos que vivem com outras pessoas. Entretanto, no grupo dos indivíduos que moram sozinhos, os homens receberam mais atendimentos que as mulheres.

Dissertação: Arranjos domiciliares e a utilização de serviços de saúde dos idosos brasileiros
Autora: Roberta Stancioli Marinho Costa
Orientadora: Simone Wajnman
Defesa: 20 de agosto de 2012
Programa: Pós-graduação em Demografia da Faculdade de Ciências Econômicas da UFMG

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