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Lançar um novo olhar sobre as mudanças ocorridas na paisagem belo-horizontina por meio do diálogo entre xilogravuras e fotografias de intervenções urbanas é o objetivo do artista plástico Tales Bedeschi com a exposição Horizontes, que permanece aberta ao público até 7 outubro, na Galeria de Arte da Copasa. Os trabalhos expostos são resultado da pesquisa Impressão e intervenção urbana: reflexões sobre a partilha do comum, realizada por Bedeschi na Escola de Belas- Artes. O trabalho propõe a contextualização do uso da gravura nos salões parisienses dos séculos 18 e 19, em sintonia com as bases do que foi definido pelo filosofo francês Jacques Rancière como regime estético da arte. As reflexões do artista surgiram após observações, sobretudo do bairro Belvedere, zona Sul de Belo horizonte. De acordo com Bedeschi, os arranha-céus construídos na região impossibilitaram a circulação de ar em toda a cidade, pois funcionam como um paredão que bloqueia os ventos alísios. A partir disso, o artista começou a se questionar sobre quem comandaria as transformações nas paisagens da cidade e propôs uma exposição, que tanto representa a paisagem da cidade em gravuras, como também modela a própria paisagem com intervenções urbanas. Tales Bedeschi é mestrando da Escola de Belas Artes da UFMG e atua no curso de Licenciatura em Dança. Também é graduado em Gravura e possui Licenciatura em Artes Visuais. Sua trajetória como arte-educador começou em 2005. Participou de exposições no Brasil, Cuba, Estados Unidos e Uruguai. As visitações ocorrem todos os dias, de 8h às 19h, na Galeria de Arte Copasa, localizada rua Mar de Espanha, 525, bairro Santo Antônio. Mais informações visite a página da copasa no Facebook e acesse o blog de Tales Bedeschi. E para conferir mais trabalhos do artista acesse os blogs Ar de Belo horizonte e Onde começa o céu.