O Programa de Pós-graduação em Bioinformática da UFMG, que desde 2003 oferece o curso de doutorado, acaba de receber aprovação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) para oferta de mestrado. Edital que regulamenta a abertura de 25 vagas para o primeiro semestre de 2013 será publicado em breve. “O curso já começa com nota 6 em escala cujo máximo é 7”, comemora o coordenador do programa, professor Vasco Ariston de Carvalho Azevedo. Na proposta aprovada pela Capes, o programa informa que a área é considerada prioritária no Plano Institucional da Universidade. Vasco Azevedo lembra que ao estimular, há quase dez anos, a criação do doutorado em duas instituições – UFMG e Universidade de São Paulo – a Capes tinha a intenção de atender egressos de mestrados em genética, bioquímica e ciência da computação. “Mas percebemos, no decorrer dos anos, a necessidade de se criar também o mestrado nesta área que é de fronteira e já começa a gerar cursos também na graduação”, comenta. A demanda para ampliar a formação na área decorre da crescente necessidade de tratamento de dados biológicos em grande escala. “O mercado precisa de um profissional híbrido, que tenha conhecimentos tanto de ciência da computação quanto de biologia”, explica o coordenador. Inovação Como parte desta política, em 2003 a instituição atendeu edital Biomicro induzido pela Capes e criou um dos dois únicos programas de doutorado em bioinformática existentes hoje no país. Além do departamento de Bioquímica e Imunologia do Instituto de Ciências Biológicas, onde o programa está sediado, o processo envolveu o departamento de Ciência da Computação do Instituto de Ciências Exatas e outros departamentos dos dois institutos e da Escola de Engenharia. “A Bioinformática é estratégica no desenvolvimento de projetos multidisciplinares envolvendo as ciências biológicas e a computação, e para a formação de profissionais que possam contribuir para a inclusão do Brasil nos campos mais avançados da pesquisa mundial”, define Vasco Azevedo. Ele destaca que a bioinformática contempla áreas tão distintas quanto a análise de sequências de DNA e proteínas, estudo de estruturas tridimensionais de moléculas, visualização e análise de imagens e sinais biológicos. Até o momento 35 teses já foram defendidas no Programa. “Todos os nossos egressos estão empregados”, ressalta o coordenador.
Vasco Azevedo afirma que a UFMG tem tradicionalmente apoiado iniciativas inovadoras, com incentivo a áreas de vanguarda na pesquisa e promoção da excelência em seus programas de pós-graduação.