Discutir criticamente os riscos e efeitos adversos do uso das tecnologias computacionais e comunicacionais (TIC) na produção do conhecimento e aprendizagem, na relação profissional-paciente e na família, é o objetivo principal do II Seminário de gestão da inovação tecnológica em saúde: efeitos adversos das tecnologias informacionais e comunicacionais, que a Escola de Enfermagem da UFMG realiza de hoje (quinta, 18) a 20 de outubro. De acordo com o coordenador do evento, professor Luiz Carlos Brant, as TIC têm produzido grandes transformações culturais, avanços na produção de conhecimento e significativas contribuições para a formulação de políticas públicas nos âmbitos da educação, da saúde e do trabalho. “A incorporação dessas tecnologias traz conforto ao ser humano, mas é capaz também de proporcionar alienação, consumismo e dependência", pondera. Ele comenta que efeitos adversos têm sido registrados na literatura, como prejuízo do desenvolvimento cognitivo, abolição da fase contemplativa para a produção intelectual, prejuízo do raciocínio e da memorização, redução da capacidade crítica, comprometimento da qualidade da informação, aumento dos plágios nas publicações, comprometimento das relações entre profissional e paciente, bem como no âmbito da família. O professor ressalta, ainda, que espera que o evento amplie os debates acerca de risco e efeitos adversos das TIC, "diferenciando sensacionalismo e realidade quanto à sua utilização, como forma de subsidiar estratégias de prevenção e de promoção da saúde". O seminário é destinado a profissionais e acadêmicos das áreas da saúde, educação, trabalho, comunicação e informática; grupos de pais de alunos e profissionais que atuam em serviços de proteção à infância e adolescência. (Com Assessoria de Comunicação da Escola de Enfermagem)