Como a Universidade pode apoiar e aprender com experiências que buscam a democratização cultural? Essa é uma das questões que vão permear os debates do seminário Etnocídio, cultura e universidade, que será realizado nos dias 29 e 30 de outubro, no Centro Cultural UFMG. De acordo com os organizadores – grupos da Escola de Música e da Fafich –, experiências protagonizadas por diferentes setores da sociedade têm revelado a diversidade de civilizações que partilham os espaços sociais e urbanos no Brasil; por outro lado, práticas de exclusão étnica e social assumem novas formas, destruindo patrimônios imateriais de grupos diversos (constituindo o chamado etnocídio). O seminário se propõe a fazer um balanço de parte das experiências, muitas delas marcadas por confronto – urbano e rural – e colocá-las em discussão no âmbito da Universidade. “Podemos ajudar a aprofundar as contribuições efetivas dessas experiências com respeito às políticas públicas em torno da democratização cultural”, afirma a professora Rosangela de Tugny, da Escola de Música. O seminário é promovido pelo Laboratório de Musicologia e Etnomusicologia da Escola de Música, pelo Programa de Pós-graduação em Música (linha de pesquisa Música e cultura) e pelo Grupo de Pesquisa Poéticas da Experiência, da Fafich. A participação é aberta, mas haverá inscrições 30 minutos antes do evento, sobretudo para efeito de emissão de certificados. O Centro Cultural fica na avenida Santos Dumont, 174, Centro de Belo Horizonte. Conheça a programação: Segunda, 29 de outubro 15h Kleber Merlim Moreira, Ines Feliciano (grupo Musicultura, Favela da Maré)
Exclusão, cultura e políticas públicas. Experiências de trabalhos: universidade e poder público
Samuel Araújo (Escola de Música da UFRJ)
José Antônio Inácio, Anderson da Silva, Rubens Alexandre Fonseca (Associação Cultural Arautos do Gueto, Morro das Pedras, BH)
Glaura Lucas (Escola de Música da UFMG)
Sônia Maria Augusto, Márcia Guerra, Mestre Conga, Heberte Almeida (Projeto Arena da Cultura, Prefeitura de BH e UFMG)
Terça, 30 de outubro
9h
Espaços de memória e resistência. Experiências estéticas e políticas: repensando instituições
Renata Marquez e Wellington Cançado (UFMG, Atlas Ambulante)
Francisco Magalhães (artista plástico e arte/educador, ex-diretor do Museu Mineiro)
César Guimarães (curador do 44o Festival de Inverno da UFMG)
Marcos Eustáquio dos Santos (presidente da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário de Contagem)
14h
Disputas e reconfigurações no espaço público: experiências estéticas e políticas
Dereco Machado (Banda Coletivo Dinamite)
Ludmilla Zago Andrade (Projeto Cidade e Alteridade)
Warley Bombi (coletivo Ingraffiti)
Bernard Belisário e André Brasil (UFMG)
Bruno Vasconcelos (Filmes de Quintal e Núcleo de Estudos Quilombolas e de Populações Tradicionais/NuQ, UFMG) e Fernanda Oliveira (NuQ, UFMG)
Joviano Mayer (advogado das Brigadas Populares)