O projeto Café Controverso deste sábado, 10, promove o debate Crack: como tratar esse problema?, às 11h, no Espaço TIM UFMG do Conhecimento. O evento contará com a participação de Cristiane Barreto, psicanalista e supervisora da Clínica da Rede de Saúde Mental da Prefeitura de Belo Horizonte, e Luis Sapori, coordenador do Centro de Pesquisas de Segurança Pública da PUC-Minas. A entrada é gratuita. O evento terá transmissão ao vivo, que poderá ser acompanhada pelo link disponível no site do Espaço do Conhecimento. Trajetórias Ela defende que os efeitos de inquietação e euforia causados pelo crack dialogam com a sociedade atual, voltada para o consumo. “Nós não só consumimos, como somos consumidos por objetos. No caso dos dependentes químicos, eles evitam tratar de seus problemas e buscam a droga como alívio para a dor.” A psicanalista explica ainda que o crack não pode ser encarado como o mal do século, pois o produto em si não é a causa de todos os problemas. “Devemos tratar a questão considerando que o homem é quem faz a droga e não a droga que faz o homem”, reflete. Já Luis Sapori é um dos organizadores do livro Crack, um desafio social. No debate, vai abordar o problema com diagnósticos sobre o consumo e os impactos na segurança dos brasileiros. Sapori argumenta que o Brasil ainda está engatinhando no tratamento à droga, e que é preciso um programa que acolha todos os dependentes químicos. “Por ser, hoje, a substância ilícita mais danosa em circulação no país, é fundamental que tenhamos uma política pública de tratamento a usuários", defende. Para Sapori, o combate ao tráfico não dá conta da questão, "que é muito mais de saúde do que de polícia". Mais informações no site ou pelo telefone (31) 3409-8350.
Cristiane Barreto coordenou por nove anos o Programa de Liberdade Assistida de Belo Horizonte, que desenvolve trabalhos de acompanhamento de crianças e adolescentes que cometem delitos.