Café com Conhecimento explora o 'mundo do muito pequeno'

O professor Marcos Pimenta, do Departamento de Física da UFMG, é o convidado deste sábado, 1º de dezembro, do Programa Café com Conhecimento, do Espaço TIM UFMG do Conhecimento. A partir de 11h, ele discute o tema Nanotecnologia: explorando o mundo do muito pequeno.

Marcos Pimenta é coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Nanomateriais de Carbono e membro da Academia Brasileira de Ciências. Ele abordará conceitos e noções que perpassam a nanotecnologia, como as novas propriedades da escala e os fenômenos físicos e químicos que ocorrem nessa dimensão tão pequena.

A invenção do microscópio foi um acontecimento que superou fronteiras impostas pelo próprio olho humano. Células, bactérias e outras composições muito pequenas passaram a fazer parte do universo do visível. No entanto, a ciência chegou a um ponto em que investigar e manusear nessa dimensão não era mais suficiente.

Mentes curiosas ansiavam observar estruturas ainda menores, mas a reduzida escala das moléculas e dos átomos exigia estudos específicos que a tecnologia da época não permitia. Com essa necessidade, a partir dos anos 80, começaram a surgir microscópios com maior poder de ampliação. E o menor mundo, que até então era micro, passou a ser nano.

Cotidiano
O assunto, contudo, não é tão distante quanto parece. Medicamentos, cosméticos, tecidos, produtos de plástico, esportivos, automobilísticos e, principalmente, o campo da eletrônica se aprimoram com a aplicação da nanotecnologia, que pode promover, por exemplo, computadores com maior capacidade de armazenamento.

“A área de fármacos é outro exemplo de aplicação da nanotecnologia. Existe a possibilidade de se injetar o medicamento em uma cápsula nanométrica que, por sua vez, é inserida no paciente, reduzindo os efeitos colaterais normalmente causados por remédios”, descreve.

Pimenta destacará ainda o papel dos nanotubos de carbono – estruturas de grafite enroladas em forma de cilindros que possuem 1 nm de diâmetro. Segundo ele, ao incorporar a tecnologia dos nanotubos em cimento, por exemplo, o material tem sua dureza aumentada e, por consequência, torna-se mais resistente.

“Mecanicamente, os plásticos também podem ficar mais resistentes e suportar temperaturas mais altas que o normal", diz o físico. Para ele, o assunto aproxima e transcende campos do conhecimento, e faz com que “os limites entre as disciplinas tradicionais, como física, química e biologia se diluam em uma convergência de modelos, técnicas e interesses comuns.”

O Café com Conhecimento terá transmissão ao vivo pelo site do Espaço TIM UFMG do Conhecimento.

(Com Assessoria de Comunicação do Espaço Tim UFMG do Conhecimento)