Universidade Federal de Minas Gerais

Élder Paiva
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Em uma das flores é possível notar a presença do carotonoide, pigmento vermelho que protege nectário

Pesquisador da UFMG descobre pigmento que protege mogno brasileiro

terça-feira, 4 de dezembro de 2012, às 5h45

Em suas andanças pelo campus Pampulha, o professor Élder Paiva, do Departamento de Botânica (ICB), observou que as flores do mogno brasileiro (Swietenia macrophylla) apresentam nectário bem desenvolvido, cuja produção de néctar atua na atração de polinizadores.

Surpresa maior, segundo Paiva, foi observar que o nectário mudava de cor no momento da abertura da flor – o tom amarelado passava para um vermelho intenso e chamativo. Em outras plantas, essa mudança é a senha para atrair os polinizadores que, ao visitarem a flor, carregam o pólen e o transferem para outras flores, permitindo a reprodução da planta.

No caso do mogno, a cor vermelha do nectário parece não estar associada com a sua reprodução, já que ele fica fechado dentro da flor, não sendo, portanto, fator de atração para os insetos polinizadores. A explicação está na presença de carotenoides, o mesmo grupo de pigmentos existentes na cenoura e no tomate, e que protegem os consumidores desses alimentos dos chamados radicais livres, que causam morte celular. “O carotenoide parece exercer a mesma função em relação ao mogno, ou seja, protege o nectário dos radicais livres”, afirma o professor.

Sua descoberta está descrita em artigo publicado recentemente no American Journal of Botany. Mesmo sendo o mogno uma espécie nativa da Amazônia, o professor Élder Paiva não precisou sair de Belo Horizonte para estudar aspectos relacionados à reprodução da espécie. Exemplares de mogno são encontrados nas áreas verdes do campus Pampulha, o que permitiu que todas as etapas de observação e coleta do material para a pesquisa fossem realizadas aqui.

“A qualidade da arborização do campus e a competência da Divisão de Áreas Verdes da UFMG nos permitiram economia de tempo e dinheiro. Se tivéssemos que ir à Amazônia para observar a árvore, a pesquisa talvez não alcançasse os bons resultados em tão pouco tempo. Nosso campus é um laboratório aberto”, elogia Paiva, lembrando que o mogno, apesar de sua importância econômica, ainda é pouco estudado no Brasil. Ele agora pretende investigar como os carotenoides agem na defesa da planta.

Pesquisar para preservar
Há muitos anos, as reservas de mogno na Amazônia são alvo do desmatamento e do corte ilegal. A razão está no valor econômico da árvore, cuja madeira, de ótima qualidade, é largamente empregada na indústria de móveis.

Elder Paiva ressalta a importância de pesquisas relacionadas à reprodução da espécie para a sua proteção. “Conhecendo a biologia reprodutiva da espécie, podemos traçar planos de manejo mais eficientes e ajudar na proteção da planta”, conclui.

Artigo: Anatomy, ultrastructure, and secretory activity of the floral nectaries in Swietenia macrophylla (Meliaceae)
Autor: Elder A. S. Paiva
Data de publicação: 29 de outubro de 2012, no American Journal of Botany.

(Luana Macieira)

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