Cosmociência Guarani, Mbya e Kaiowa e o reconhecimento de seus intelectuais é o tema de seminário que a UFMG realiza nos dias 11 e 12 de dezembro, em parceria com o Museu do Índio/Funai, no Conservatório da UFMG (avenida Afonso Pena, 1.534). Está prevista a presença de 30 líderes políticos e rezadores, além de antropólogos e pesquisadores de diversas universidades e outras instituições. Desdobramento do 44º Festival de Inverno da UFMG, o evento também é fruto de rede de solidariedade constituída na Universidade em favor da causa dos povos Guarani e Kaiowa, que conta com a participação de grupos e líderes indígenas do Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Segundo os organizadores do evento, entre os Guarani a prática do conhecimento dos seus intelectuais, denominados “rezadores”, sustenta e viabiliza a vida desses povos na terra. “Tais especialistas assumem funções centrais nestas sociedades. São, a um só tempo, grandes filósofos, historiadores, curadores e mantenedores do equilíbrio social, cosmológico e ambiental dentro de seus grupos. Escutá-los e reconhecê-los nesse lugar é a proposta do Seminário”, explicam. Dentre os povos indígenas do país, os de línguas da família tupi-guarani se destacam não só pelo número de falantes, mas também por sua ampla distribuição no território. Os grupos falantes de guarani do litoral do Sudeste e do Sul (dialetos mbyá e nhandeva) e os do Mato Grosso do Sul (dialetos kaiowa e nhandeva) chegam a mais de 50 mil pessoas, constituindo o maior grupo indígena do país. Mais informações podem ser obtidas na página do Facebook do evento.