Bruna Brandão/UFMG |
Na cerimônia de relançamento da Revista da UFMG, que ocorreu na tarde desta quinta-feira, no campus Pampulha, o reitor Clélio Campolina enfatizou o caráter transdisciplinar da publicação. “A proposta é divulgar abordagens das ciências duras e da natureza, das humanidades, da arte e da cultura a respeito de um tema específico definido a cada edição”, salientou. Campolina destacou, ainda, que esta é a retomada de um projeto destinado a divulgar a produção científica e cultural da UFMG.
Para a edição de relançamento, o tema escolhido foi Corpo, analisado a partir das perspectivas da física, da biologia, das artes e da demografia. “O assunto é tratado desde o ponto de vista dos fenômenos da física, até o envelhecimento humano e as relações sociais”, observou o editor da revista e pró-reitor de Planejamento da UFMG, João Antonio de Paula. Responsável por uma pesquisa de resgate da história da revista, o pró-reitor enfatizou a importância de se olhar para o passado. “É necessário que nos voltemos para nossas raízes, de forma que possamos, inclusive, planejar melhor o futuro da Universidade”, sentenciou.
Também presente no evento, o diretora do Centro de Comunicação (Cedecom) da UFMG, Valéria de Fátima Raimundo, falou sobre o aumento do número de trabalhos da Universidade publicados em periódicos científicos nos últimos anos, o que, para ela, “revela a importância da divulgação em revista do conhecimento produzido na Instituição”. Valéria contou, ainda, que o Cedecom pretende desenvolver em 2013 um projeto específico de apoio editorial aos periódicos da UFMG.
Trajetória
João Antonio de Paula analisou a trajetória da publicação, dividindo-a em três fases. Segundo ele, desde quando foi lançada, em 1929, até o final dos anos 30, quando deixou de ser publicada, a Revista da UFMG foi voltada para a divulgação da vida social e administrativa da Universidade. Entre 1950 e 1955, a publicação foi retomada, já com novo perfil, incluindo alguns artigos acadêmicos. Mas, de acordo com o pró-reitor, seria na terceira fase, compreendida entre 1960 e 1969, que o periódico se tornaria “um veículo de divulgação de ideias, de artes, de ciências e de tecnologias”.