No Brasil, o processo de inovação, em geral, inicia-se dentro de instituições públicas de ensino e pesquisa e termina no mercado. Se as universidades brasileiras têm impulsionado o surgimento de tecnologias inovadoras, a UFMG se destaca como uma das protagonistas nesse cenário. Desde o início dos anos 1990, já soma 643 solicitações de propriedade intelectual, dentre as quais 529 pedidos de patentes, 79 registros de marcas, 11 desenhos industriais e 24 programas de computador. A área do conhecimento que mais se destaca em geração de tecnologia é a Engenharia (29% do total), seguida por Farmácia (22%), Biotecnologia (21%) e Química (14%). No período entre 2003 e 2012, a UFMG assinou 39 contratos de transferência de tecnologia, metade deles no triênio 2010-2012. As aplicações vão desde armadilha contra o vetor da dengue e vacina contra leishmaniose visceral canina até o desenvolvimento de sistema de amortecimento para calçados esportivos, passando pela levedura industrial para fermentação de cachaça. Em comum, todos representam a etapa final de um processo no qual o conhecimento gerado na academia é oferecido à sociedade em forma de artigos comerciais. “A inovação não implica apenas ter uma ideia original, mas consiste em uma longa cadeia de operações que começa no trabalho dos grupos de pesquisa e se encerra na transferência de tecnologia e geração de produtos”, observa o professor Ado Jorio, do Departamento de Física do ICEx, que até o final do ano passado respondia pela Coordenadoria de Transferência e Inovação Tecnológica (CTIT). A íntegra desta reportagem pode ser lida na versão on-line da nova edição da revista Diversa.