A evolução da linguagem do choro é o tema do espetáculo O choro na linha do tempo, que o grupo Mico Estrela apresenta nesta segunda-feira, 20, às 20h, no Conservatório UFMG. O show integra o projeto Pizindin – Choro no Palco, que tem ingressos a R$ 15 (inteira) e R$ 7 (meia entrada). O grupo mostra que o princípio do choro é representado pela música de Anacleto de Medeiros e Ernesto Nazareth, na transição dos séculos 19 e 20. A seguir, vem o maxixe de Pixinguinha e Bonfiglio de Oliveira, nas décadas de 1930 e 1940. Pixinguinha aparece também como representante da fase seguinte do choro, junto a Jacob do Bandolim e Rossini Ferreira. Radamés Gnattalli abre o caminho para o choro moderno de Sivuca, Cristovão Bastos, Paulinho da Viola, Tom Jobim e Maurício Carrilho. Formado há cerca de um ano, o Mico Estrela tem vasto repertório de choros, maxixes, polcas e valsas. Nele aparecem choros célebres, mas, principalmente, peças menos conhecidas e choros modernos – a proposta do grupo é a divulgação desse material. Além de repertório original, o grupo tem desenvolvido linguagem própria na execução do choro, com particular interesse pela improvisação. Segundo os organizadores, o animal que dá nome ao grupo guarda semelhanças com o choro. “Ambos são encontrados em várias regiões do Brasil, no meio urbano e rural. Assim como o mico estrela ainda sobrevive mesmo com a redução das matas, o choro se mantém e evolui mesmo com pouco espaço de divulgação na mídia”. Nessa apresentação estarão presentes Agostinho Paolucci (violão de sete cordas), Luiz Pinheiro (flauta) e Rubens Costa (pandeiro). Os músicos Luiz Pinheiro, bacharel em flauta pela UFMG e mestre em ciência da computação pela mesma instituição, elaborou dissertação em computação musical. Foi, por oito anos, professor de flauta na Fundação de Educação Musical, onde participou ativamente do movimento de música contemporânea promovido na mesma. Há cerca de oito anos dedica-se ao trabalho de pesquisa, execução e improvisação no choro. Rubens Costa atua em diversas frentes musicais em Belo Horizonte. Como percussionista, pesquisa ritmos tradicionais brasileiros como o choro, o samba, o forró e outros gêneros da cultura mineira e nordestina. Além do grupo Piolho de Cobra, é integrante do tradicional regional Pedacinhos do Céu, acompanhando instrumentistas de destaque do cenário do choro brasileiro. O Conservatório fica na avenida Afonso Pena, 1534 – Centro. Mais informações pelo telefone 3409-8300. (Com assessoria de comunicação do Conservatório UFMG)
O violonista e compositor Agostinho Paolucci iniciou seus estudos em música na Fundação de Educação Artística e posteriormente ingressou no curso de composição da UFMG. Gravou com o grupo Corta Jaca dois álbuns independentes: Corta jaca (2005) e Mina de choro (2007), e o DVD documentário Na levada do choro, um almanaque musical (2005). Toca violão de sete cordas no grupo de samba Copo Lagoinha desde a sua fundação, em 1998.