Em cerimônia no auditório da Reitoria, ocorrida na tarde desta quarta-feira, foi lançado o Espaço Nexu, que funcionará como incubadora de ideias e de projetos empreendedores. A cerimônia contou com a presença do reitor Clélio Campolina Diniz e dos secretários de Desenvolvimento Econômico, Dorothea Werneck, e adjunto de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Evaldo Villela, do estado de Minas Gerais. O objetivo do Nexu é promover a aproximação entre os segmentos acadêmico e empresarial, selecionando estudantes para serem orientados profissionalmente e introduzidos em empresas que vão aplicar as tecnologias desenvolvidas na Universidade. O espaço funcionará como escritório de coworking, em que alunos de graduação poderão desenvolver ideias, suprir demandas estabelecidas por empresas e ser capacitados por parceiros de renome como Endeavor, Sebrae, Wylinka e HUB BH. Detalhes da iniciativa foram apresentados pelo coordenador do Programa de Empreendedorismo da Coordenadoria de Transferência e Inovação Tecnológica, Aluir Dias. Segundo ele, a dinâmica de funcionamento do ambiente começa com a escolha do estudante por meio de processo avaliativo. Sua ideia será então incubada pelo Nexu durante nove meses. “Nos dois primeiros, o aluno será capacitado por meio de palestras, oficinas e cursos. Até o sétimo mês, será estabelecido o contato direto do aluno com empresas interessadas no projeto. Juntos, eles vão desenvolver ferramentas de aplicação e discutir sobre a propriedade intelectual da tecnologia. A partir do oitavo mês, entram em cena os investidores. O projeto passa por bancas avaliativas e competições de negócios, podendo ser financiado e chegar ao mercado”, descreveu. Toda essa trajetória será coordenada por professores e profissionais experientes e qualificados, chamados de "anjos mentores". Itinerância Para o reitor Clélio Campolina, a criação do Espaço Nexu está em sintonia com a mudança de mentalidade na academia, no sentido de buscar a aplicação econômica do conhecimento produzido nos laboratórios das universidades brasileiras. “Durante muitos anos, a palavra ‘lucro’ era proibida nos corredores universitários, assim como era inaceitável a relação entre academia e setor produtivo. Hoje, entendemos que a universidade é um espaço privilegiado, por meio do qual podemos desenvolver uma sociedade rica e justa”, argumentou. O secretário adjunto de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, professor Evaldo Vilela, destacou que a abertura da universidade para o campo produtivo responde a um compromisso social para com as futuras gerações de brasileiros. "É preciso estimular o empreendedorismo e a veia competitiva com vistas ao mercado externo. E isso deve ser feito na universidade, que é a vanguarda do conhecimento”, defendeu. Para a secretária de Desenvolvimento Econômico, Dorothea Werneck, o projeto pode contribuir para romper a barreira entre a academia e o setor privado. “A iniciativa representa a melhor maneira de reunir todos os atores da inovação tecnológica em um só lugar”, afirmou.
De caráter itinerante, o Espaço será constituído por seis contêineres acoplados em forma de aquário, com salas de treinamento e reuniões. De início, ficará instalado próximo ao prédio da Escola de Engenharia, no campus Pampulha. “Pretendemos futuramente criar outros espaços na UFMG e expandir o projeto para mais universidades. A meta é que, até 2015, tenhamos cinco unidades, vinculadas a 250 empresas e 50 startups; e contando com 100 monitores para atendendo diretamente a mil usuários”, projeta Aluir.
A partir da esquerda, o pró-reitor de Pesquisa, Renato de Lima Santos; a secretária Dorothea Werneck, o reitor Clélio Campolina, o secretário Evaldo Villela e o pró-reitor de Pós-graduação, Ricardo Gomez