O projeto Café Controverso, que será realizado neste sábado, 8, às 11h, no Espaço TIM UFMG do Conhecimento, discutirá estratégias de visibilidade e enfrentamento da discriminação e violência a partir do tema sexos, gêneros e sexualidades. A entrada é gratuita. Foram convidados o professor do Programa de Pós-graduação em Psicologia e coordenador do Núcleo de Direitos Humanos e Cidadania LGBT/UFMG, Marco Aurélio Máximo Prado, e o presidente da Associação Brasileira de Homens Transexuais, Leonardo Tenório “Existe uma distinção entre sexo, corpo, gênero e orientação sexual importante de ser compreendida. Entender as diversas possibilidades de se vivenciar cada uma dessas dimensões explicita a relação frágil e simplista que a heteronormatividade tenta naturalizar”, afirma. Leonardo Tenório, por sua vez, vai relatar as consequências da simplificação das relações entre gênero e sexualidades na vida de pessoas trans e expor as necessidades específicas do grupo. “Sempre que faço exposições preciso começar explicando o que é ser transexual no Brasil. Poucos sabem realmente o que nos caracteriza”. Sobre a marginalidade do segmento, Tenório explica que, em função da heteronormatividade, os trans aparecem como mais transgressores do que os homossexuais. “É por isso que não vemos tanto pessoas trans em escolas, faculdades, altos cargos e até mesmo nas ruas. Vivemos em um contexto de verdadeira invisibilidade social.” O evento será transmitido ao vivo pela internet. (Com assessoria de comunicação do Espaço TIM UFMG do Conhecimento)
Na conversa, Marco Aurélio Prado vai apresentar um pequeno histórico do movimento feminista e LGBT. Para o professor, é necessário considerar os conceitos de normas de gênero e performatividade para compreender as consequências do heterossexismo – perspectiva que entende a heterossexualidade como modelo normativo – característico da cultura ocidental.