A dimensão social e política processo de internacionalização foi tema do debate na tarde desta segunda-feira no auditório da Reitoria como parte da programação do Encontro da Associação das Universidades de Língua Portuguesa (AULP). “Nossas universidades são responsáveis pela promoção do intercâmbio estudantil porque ele é muito mais que aprendizado técnico e científico de uma profissão. A dimensão política do intercâmbio faz com que o estudante que participa do processo se torne um profissional que enxerga os problemas do resto do mundo, e não apenas os que acontecem na sua cidade ou país”, disse a reitora da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), Maria Lúcia Cavalli Neder. Ela participou do debate sobre impactos acadêmicos dos intercâmbios internacionais ao lado do secretário de Educação Superior do MEC, Paulo Speller e do vice-reitor da Universidade de Macau, Rui Martins. “Devemos pensar na internacionalização como parte de um processo maior de inclusão social. Os cidadãos que participam desse tipo de experiência se tornam pessoas mais tolerantes, críticas e autônomas. Isso traz benefícios para toda a comunidade onde esses estudantes se inserem ao final da experiência”, afirmou Maria Lúcia Neder. Foco na diversidade “Ainda estamos no início do processo de mobilidade estudantil, mas caminhando para receber e enviar cada vez mais estudantes e pesquisadores. O conhecimento e o respeito às diversidades são o foco da internacionalização visada pelo nosso governo”, afirmou. Entre os programas, o secretário destacou o Marca, a primeira iniciativa de mobilidade de estudantes de graduação promovida pelos países integrantes do bloco, e o Ciência Sem Fronteiras, do governo federal. “Este último tem uma meta de conceder 101 mil bolsas de graduação e pós-graduação até 2015. Queremos gerar internacionalização de ciência, tecnologia, inovação e competitividade. Por isso precisamos ampliar a internacionalização das instituições de ensino federais no país”, conclui.
O secretário de educação superior do Ministério da Educação, Paulo Speller, apresentou detalhes de alguns programas de internacionalização que o Brasil realiza com países do Mercosul, África e Europa na conferência que abriu a discussão sobre os impactos dos intercâmbios internacionais.