O lulismo existe? A pergunta servirá de mote para discussão que será travada neste sábado, 15 de junho, no Espaço TIM UFMG do Conhecimento, em torno da figura política do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva e das implicações dos oito anos de seu governo. O debate, que integra a programação do Café Controverso, terá início às 11h. A entrada é franca. Rudá Ricci lembra que existem várias correntes de análise que sugerem e definem o “lulismo”, de maneiras diferentes, e afirma que o importante é tentar compreender o impacto da mudança de estilo do governo federal dos últimos 10 anos sobre a sociedade brasileira. "Será que houve mudanças na forma de fazer política?”, ele questiona. Já Bruno Wanderley diz duvidar da utilidade do conceito “lulismo” e anuncia que pretende propor perspectiva ainda mais articulada com a política mundial. Para o professor da UFMG, seria mais interessante criar uma teoria capaz de analisar os diversos governos da democracia contemporânea, com categorias únicas, que simplesmente criar uma exceção para cada contexto. “Não acredito que seja uma boa estratégia analítica multiplicar um 'ismo' para cada caso. Olhar para o 'lulismo', o 'chavismo' etc. não significaria criar uma teoria”, afirma. O Espaço do Conhecimento fica na Praça da Liberdade. Será possível acompanhar as discussões, fazer comentários e perguntas aos convidados também pela transmissão ao vivo disponibilizada no site espacodoconhecimento.org.br. Mais informações: (31) 3409-8350 ou no site do Espaço. (Assessoria de Comunicação do Espaço TIM UFMG do Conhecimento)
O assunto será explorado pelo cientista político e diretor do Instituto Cultiva, Rudá Ricci, pelo professor do Departamento de Ciência Política da UFMG Bruno Reis e pelo professor do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da UERJ José Maurício Domingues.
José Maurício Domingues fará um balanço tanto do período Lula quanto do governo Dilma. De acordo com o professor, os programas de governo do PT já esbarram em alguns limites em relação às políticas sociais, reforço da indústria, reforma agrária, mercado agrícola interno, entre outras questões. “A gestão do PT gerou enorme avanço para o Brasil, mas é provável que essa agenda já esteja se esgotando, assim como a dos outros governos da América Latina”, esclarece.