O índice de adulteração de combustíveis no país caiu de 25% para menos de 3% desde o estabelecimento de parceria entre a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e universidades brasileiras, em 2000. Resultados como este serão apresentados em evento que reunirá a ANP e representantes dos laboratórios parceiros, nos dias 4 e 5 de julho, no Departamento de Química, no campus Pampulha. Constituída por 23 laboratórios de pesquisa, a rede realiza monitoramento contínuo da qualidade dos combustíveis comercializados nos mais de 30 mil postos de todo o país. Na UFMG, este trabalho é realizado pelo Laboratório de Ensaios de Combustíveis (LEC). De acordo com a coordenadora do Laboratório, professora Vânya Pasa, a parceria com a ANP representou ganhos significativos para a sociedade no combate à adulteração de combustíveis e na área de pesquisas. Ela ressalta que em 2011 foi criado o programa de Formação de Recursos Humanos em Química de Combustíveis e Combustíveis Fósseis – PRH46. “Com esta segunda parceria, recebemos recursos financeiros para formar mais alunos para o mercado brasileiro e desenvolvermos pesquisas por meio de monografias, dissertações e teses de doutorado”, explica. Segundo Vânya Pasa, para garantir a qualidade do programa de monitoramento, a Agência realiza encontros periódicos com os laboratórios – os chamados Programas de Intercomparação de Resultados, o que permite avaliar os pontos de melhoria de cada unidade. A divulgação dos resultados ocorre semestralmente, em encontros nacionais, nos quais são também tratados assuntos como as ações de fiscalização. A abertura do evento na UFMG será feita pelo diretor da Agência Nacional de Petróleo, Helder Queiroz, e pelo reitor Clélio Campolina. Também participa o promotor Amauri Matta, do Ministério Público. A programação inclui diversas palestras técnicas.