Divulgação A cerimônia de abertura acontece às 18h, no Teatro Santa Izabel, com presença do reitor da UFMG Clélio Campolina. Às 20h, o Largo da Quitanda será o cenário da apresentação do tradicional Coral Trovadores do Vale, da cidade mineira de Araçuaí. O primeiro dia de atividades será encerrado com show da cantora paraense Dona Onete [foto], no mesmo local. Experiência partilhada de saberes Ao contrário do que ocorreu nas primeiras edições, quando o Festival era formatado em oficinas que segregavam especialistas e público leigo, desta vez, mestres externos à comunidade universitária foram convidados a partilhar suas maneiras de conhecer e agir no mundo. Nas palavras do coordenador-geral do evento, o professor do Departamento de Comunicação Social da UFMG, César Guimarães, a programação, de caráter, “variado e polifônico”, faz com que a Universidade acolha as múltiplas formas de invenção da cultura. Relevante diferencial oferecido pela organização ao público do evento é o passe livre no sistema de transporte, que garante acesso gratuito a todos os eventos e atividades do Festival. Vários ônibus da UFMG e também da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) vão circular em trajetos estratégicos. Música de vanguarda Em seguida, a cantora Dona Onete sobe ao palco armado no Largo da Quitanda. Autora de mais de 200 composições, Dona Onete vivencia, já aos 73 anos, o melhor momento da sua carreira. Em seu show, apresenta o carimbó, ritmo tradicional do Pará. A trajetória da cantora guarda um aspecto peculiar: somente depois de aposentada, em 2009, ela se integrou profissionalmente a um grupo musical, embora tenha se apresentado em bares e festas desde sua adolescência. Em 2012, lançou seu primeiro disco, Feitiço Caboclo. Uma de suas composições, Chamego de Boto, foi escolhida pelos cineastas Beto Brant e Renato Ciasca para ser trilha sonora do filme Eu Receberia As Piores Notícias de Seus Lindos Lábios, filmado em Santarém (PA) e lançado no ano passado. A cantora chegou a participar das gravações, contracenando com a protagonista Camila Pitanga.
A partir de hoje, Diamantina recebe a 45ª edição do Festival de Inverno da UFMG. A programação, que segue até o próximo domingo, 28, tem como tema o conceito de bem comum e busca a circulação não hierarquizada de saberes e experiências a serem vivenciadas pelos participantes e moradores da cidade.
O Festival de Inverno de 2013 pretende propiciar uma experiência partilhada de saberes, como os oriundos das culturas indígenas, afro-brasileiras e das múltiplas formas de vida que o espaço urbano abriga, em especial as que tensionam a divisão entre centro e periferia.
No início da noite de hoje, a primeira apresentação artística do Festival será com o Coral Trovadores do Vale, da cidade de Araçuaí, no Médio Jequitinhonha. O grupo existe há 43 anos e nasceu com a proposta de valorizar os costumes e as riquezas da cultura popular da região. Formado por trabalhadores de diversas profissões, como celeiros, pedreiros, sapateiros, artesãos, donas de casa, lavadeiras, professores e estudantes, o coro já realizou várias turnês pelo país e no exterior, conquistando, entre outros prêmios, o do Conselho Estadual de Cultura de Minas Gerais. O repertório inclui músicas religiosas e danças de roda. As canções são acompanhadas por sanfona, rabeca, viola, instrumentos de percussão e sapateados de pés descalços.