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João Antonio (à esquerda): Furtado foi muito mais que um economista

Especialistas discutem legado intelectual de Celso Furtado

quarta-feira, 21 de agosto de 2013, às 19h15

“Assim como Joaquim Nabuco na segunda metade do século 19 e Mário de Andrade nos primeiros anos do século 20, Celso Furtado foi o maior intelectual brasileiro a partir de 1950.” Com essa avaliação, o pró-reitor de Planejamento, João Antonio de Paula, definiu a importância do teórico do desenvolvimentismo, fonte de inspiração do V Colóquio Celso Furtado sobre Cultura, Planejamento e Desenvolvimento, realizado durante o dia de hoje na Faculdade de Ciências Econômicas (Face).

Promovido pelo Ministério da Cultura, o evento faz parte da série que pretende retomar a reflexão em torno do projeto nacional de desenvolvimento defendido pelo economista Celso Furtado, cujo mote é a centralidade da cultura.

Dedicada ao tema Cultura, planejamento e desenvolvimento, a mesa-redonda do período da tarde reuniu dois outros estudiosos da obra de Furtado: os professores César Ricardo Bolaño, da Universidade Federal de Sergipe (UFS) e curador do colóquio; e Roberto Monte-Mór, do Núcleo de Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo da UFMG (NPGAU).

Economista completo
João Antonio de Paula lembrou em sua exposição que a trajetória de Celso Furtado foi inspirada na do economista inglês John Stuart Mill. “Furtado não era apenas economista. Tal qual Mill, atuou como filósofo, advogado, pensador da política e conhecedor de disciplinas quantitativas. Por isso, foi capaz de articular uma interpretação do Brasil que abrangeu várias dimensões”, detalhou.

João Antonio disse ainda que a concepção de desenvolvimento de Furtado estava centrada no reconhecimento da identidade cultural de um povo: “A cultura não pode ser resumida naquilo que se configurou como indústria cultural, tampouco deve ficar restrita à compreensão de lazer e entretenimento. Ela é reflexo do que somos, por isso abre possibilidades para sermos melhores, conforme nossas aspirações”.

Já o professor César Bolaño fundamentou sua palestra na análise do depoimento prestado por Celso Furtado à Assembleia Nacional Constituinte, em 1987. Para Bolaño, trata-se de uma “preciosa síntese” das concepções do economista a respeito das políticas culturais viáveis ao país. “Furtado pregava que o crescimento da riqueza material não poderia se dissociar da elevação dos padrões culturais de uma sociedade", afirmou.

Entre os preceitos preconizados por Furtado, Bolaño mencionou a importância do uso eficiente dos recursos escassos e da priorização do bem-estar da coletividade em relação à lógica da acumulação, para que o “desenvolvimento não gere subdesenvolvimento”.

A relevância das mudanças estruturais capazes de levar o país a reduzir suas disparidades sociais, segundo o professor Roberto Monte-Mór, é aspecto que eternizou a obra do economista. “Durante décadas, as elites estiveram ‘hipnotizadas’ e alheias às manifestações culturais do povo. A redescoberta do país ‘real’ pelas elites fez emergir a mínima consciência de nação, fundamental para uma sociedade que pretende satisfazer as necessidades básicas e superiores de seus cidadãos”, disse.

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