Methanum Resíduo e Energia |
Uma tonelada de resíduos orgânicos é gerada diariamente no Restaurante Setorial II, no campus Pampulha. O material passará a ser empregado como energia e insumo de fertilização graças a uma parceria entre a Escola de Engenharia da UFMG e a Methanum Resíduo e Energia, empresa mineira de base tecnológica, responsáveis pelo desenvolvimento da Plataforma de Metanização de Resíduos Orgânicos (ρMethar). A ρMethar funciona por meio de uma tecnologia que faz o tratamento descentralizado de resíduos sólidos orgânicos, transformando-os em biogás, biossólidos e água de reuso. O biogás será tratado e utilizado para cogeração de eletricidade e calor, para uso na própria planta e áreas adjacentes, enquanto os biossólidos e a água de reuso serão empregados na fertirrigação - uso da água de irrigação para levar nutrientes ao solo - de áreas verdes no entorno da planta. Trata-se da primeira unidade do recém-idealizado Centro Integrado de Pesquisa e Desenvolvimento de Tecnologias de Baixa Emissão de Carbono (Cibec) da UFMG, focado em inovações tecnológicas na área de energia renovável, eficiência energética e baixa emissão de carbono. Ela foi concebida como plataforma permanente de pesquisa e também será utilizada em aulas práticas de graduação e pós-graduação e atividades de capacitação de pessoal para atuação na área de tratamento de resíduos orgânicos. Perto da fonte A ρMethar é um sistema modular, com capacidade de tratamento de uma a cinco toneladas diárias de resíduos orgânicos por módulo. Ela é constituída por um sistema de metanização de duplo estágio (ou reator anaeróbio), unidades de tratamento e armazenamento de biogás, de cogeração de energia – eletricidade e calor – e de pós-tratamento do lodo, com separação sólido-líquido. Como benefícios decorrentes da tecnologia, destaca-se a disponibilização de uma solução efetiva para o tratamento da fração orgânica dos resíduos orgânicos, contribuindo para a redução do aterramento da matéria orgânica e, consequentemente, da emissão de gases de efeito estufa e contaminação de solo e corpos hídricos. Os benefícios também incluem a geração de energia renovável – biogás –, passível de utilização térmica e elétrica. A instalação da planta está em sintonia com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, que determina que, a partir de agosto de 2014, sejam dispostos em aterros sanitários apenas os rejeitos, materiais cujas possibilidades técnicas e econômicas de tratamento estejam esgotadas. Inauguração Após a cerimônia, o grupo fará uma visita às instalações da planta, localizada no quarteirão 10 do campus Pampulha.
A proposta do projeto é a disseminação de unidades de tratamento descentralizado, que aliam simplicidade construtiva e operacional com viabilidade de instalação, todas próximas às fontes geradoras de orgânicos. A tecnologia pode ser aplicada junto a fontes geradoras de pequena e média escala, como restaurantes e refeitórios industriais, hotéis, supermercados, áreas remotas e pequenas comunidades e municípios.
A inauguração da Plataforma de Metanização de Resíduos Orgânicos será realizada nesta quinta-feira, às 10h, na Sala de Seminários (1.010) da Escola de Engenharia, no campus Pampulha. Está prevista a participação do reitor Clélio Campolina, do presidente da Fapemig, Mário Neto Borges, da presidente da Fundação Estadual do Meio Ambiente, Zuleika Stela Chiacchio Torquetti, e de representantes do Ministério das Cidades.