“Para um cadeirante, qualquer centímetro de desnível no solo é um obstáculo tão grande quanto a Muralha da China", sentencia a professora Liliane Arouca do Carmo, citando frase de um de seus ídolos, o músico Hebert Vianna, que há 13 anos perdeu os movimentos das pernas em decorrência de um acidente de ultraleve. Liliane vai ministrar a oficina Acessibilidade, como eu trato? durante a oitava edição do Festival de Verão da UFMG. A atividade, que terá o suporte de softwares e vídeos, vai promover a discussão e reflexão sobre o tema, despertando ideias sobre o que pode ser feito para tornar a sociedade mais acessível. Para Liliane, é evidente no Brasil o descaso quanto às necessidades daqueles que têm alguma limitação física. “A maioria das pessoas não tem ideia do quanto pequenos detalhes representam para quem está sentado em uma cadeira de rodas”, observa a professora, que também é cadeirante. A oficina será voltada especialmente para os estudantes e profissionais de Engenharia e Arquitetura, já que, conforme destaca Liliane, são esses os responsáveis por planejar e construir estruturas adequadas aos deficientes físicos. A professora pretende também contar em sua aula com o auxílio de educadores que tenham outros tipos de deficiência. As inscrições para qualquer atividade do Festival de Verão podem ser feitas entre os dias 7 e 13 de fevereiro, no caso de pessoas com deficiência, e a partir do dia 17, para pessoas que não precisam de recursos para acessibilidade. A matrícula deve ser feita no site da Fundep até a data de início de cada atividade, ou até esgotarem as vagas. Acessibilidade, como eu trato?
Público-alvo:alunos, professores (principalmente das áreas de engenharias e arquitetura), funcionários, colaboradores, cooperadores e outros participantes do 8º Festival de Verão da UFMG
Vagas:30
Carga horária: 4 horas
Data: 4 de março
Horário: 14h30 às 18h30