Universidade Federal de Minas Gerais

Luana Macieira/UFMG
Luis%20Gustavo%20Silva%20e%20Silva%20Credito%20Luana%20Macieira.JPG
Luís Gustavo: ferramenta de interface amigável para gestores sem conhecimento em estatística

Ferramenta estatística permite visualizar distribuição de médicos pelo país

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014, às 5h54

Um aplicativo capaz de observar o deslocamento e a distribuição dos médicos no território nacional. Esse foi o desafio que orientou o trabalho Novas ferramentas para visualização georreferenciada de dados: uma integração entre R e Google Maps, vencedor do Prêmio de Incentivo em Ciência e Tecnologia para o SUS – 2013, iniciativa da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde (SCTIE/MS).

O prêmio incentiva produções científicas que contribuem para o desenvolvimento do Sistema Único de Saúde, o SUS.

O trabalho, materializado em dissertação de mestrado, foi desenvolvido pelo estatístico Luís Gustavo Silva e Silva. Ele vai ao encontro do Programa Mais Médicos, sancionado em outubro do ano passado pela presidenta Dilma Rousseff. Por meio da plataforma Arouca, banco de dados do Ministério da Saúde que agrega informações sobre os médicos que atuam no SUS, o aplicativo desenvolvido pelo pesquisador permite que os dados geográficos dos médicos brasileiros sejam visualizados por meio do Google Maps.

“Desenvolvi um aplicativo chamado aRouca (nome que remete ao banco de dados Arouca), que pode ser muito útil com para o Programa Mais Médicos, cuja criação levantou muitas discussões sobre a distribuição dos médicos brasileiros. Nesse contexto, o aplicativo pode ajudar os gestores na tomada de decisões, permitindo a visualização da distribuição segundo a especialidade profissional e a origem e destino dos médicos depois que eles se formam”, explica.

Segundo o pesquisador, a possibilidade de observar o fluxo migratório por meio de uma ferramenta conhecida e de fácil acesso (o Google Maps) é algo inédito. Com o desenvolvimento do aplicativo, observa ele, as informações disponíveis servirão de apoio aos governos nos processos de planejamento, monitoramento e avaliação das ações educacionais, ampliando o conhecimento do perfil do médico brasileiro.

“No primeiro momento, nossa pesquisa oferece ao gestor um feedback das demandas educacionais. Por exemplo, que tipos de cursos os médicos de uma certa região querem ou precisam fazer? Depois passamos para a etapa de entender como é a carência de médicos no Brasil, onde faltam porfissionais e qual tipo de especialidade”, diz Luís Gustavo.

O trabalho do estatístico não se preocupou em destrinchar a distribuição de médicos no território nacional. Segundo o pesquisador, seu foco foi criar a ferramenta de visualização para que esse tipo de estudo seja realizado pelos gestores em saúde. Porém, o pesquisador afirma que, durante a elaboração do aplicativo, algumas informações sobre a distribuição dos médicos acabaram confirmando os argumentos do governo federal usados como justificativas para a criação do Mais Médicos.

“Já sabíamos que no Norte e no interior do Nordeste faltava todo tipo de médico, desde os generalistas até os especialistas, mas uma das ferramentas do nosso aplicativo, o Mapa de carência/mapa de cobertura, conseguiu responder uma pergunta importante: quantos quilômetros uma população cuja taxa de médicos encontra-se abaixo do recomendado deve deslocar-se para encontrar um médico capaz de atendê-la?”

Em algumas regiões do país, as pessoas precisam se deslocar até 300 quilômetros para receberem atendimento. “Nosso aplicativo mostra que algumas especialidades não precisam estar presentes em todas as cidades do país. Porém, corroboramos com a constatação de que há locais com falta até mesmo de clínicos gerais”, aponta.

Desenvolvimento
O aRouca foi criado em três passos. Inicialmente, Luís Gustavo Silva e Silva estudou a linguagem do Google Maps, ambiente em que os mapas de médicos seriam visualizados. O segundo passo foi a junção da plataforma Arouca ao aplicativo, uma vez que este utilizaria as informações do banco de dados do Ministério da Saúde para a criação dos mapas. A estatística apareceu no momento da exploração dos dados, por meio do software R, que auxilia na análise e visualização dos dados em grande escala.

“O R é um software gratuito e amplamente utilizado pelos estatísticos. Conseguimos integrar as ferramentas do R ao Google Maps, plataforma de interface muito mais simples.”

Embora os dados já pudessem ser acessados na ferramenta Arouca, o aplicativo, na visão de Luís Gustavo, facilita a visualização. “Agora, qualquer gestor, mesmo sem conhecimento de estatística, poderá usar os dados da ferramenta”, assegura Silva, que atualmente é aluno de doutorado do Programa de Pós-graduação em Estatística da UFMG e continua trabalhando no projeto Arouca.

Dissertação: Novas ferramentas para visualização georreferenciada de dados: uma integração entre R e Google Maps
Autor: Luís Gustavo Silva e Silva
Orientador: Renato Martins Assunção
Co-orientador: Marcelo Azevedo Costa
Defendida em fevereiro de 2013 no Departamento de Estatística da UFMG

(Luana Macieira)

05/set, 13h24 - Coral da OAP se apresenta no Conservatório, nesta quarta

05/set, 13h12 - Grupo de 'drag queens' evoca universo LGBT em show amanhã, na Praça de Serviços

05/set, 12h48 - 'Domingo no campus': décima edição em galeria de fotos

05/set, 9h24 - Faculdade de Medicina promove semana de prevenção ao suicídio

05/set, 9h18 - Pesquisador francês fará conferência sobre processos criativos na próxima semana

05/set, 9h01 - Encontro reunirá pesquisadores da memória e da história da UFMG

05/set, 8h17 - Sessões do CineCentro em setembro têm musical, comédia e ficção científica

05/set, 8h10 - Concerto 'Jovens e apaixonados' reúne obras de Mozart nesta noite, no Conservatório

04/set, 11h40 - Adriana Bogliolo toma posse como vice-diretora da Ciência da Informação

04/set, 8h45 - Nova edição do Boletim é dedicada aos 90 anos da UFMG

04/set, 8h34 - Pesquisador francês aborda diagnóstico de pressão intracraniana por meio de teste audiológico em palestra na Medicina

04/set, 8h30 - Acesso à justiça e direito infantojuvenil reúnem especialistas na UFMG neste mês

04/set, 7h18 - No mês de seu aniversário, Rádio UFMG Educativa tem programação especial

04/set, 7h11 - UFMG seleciona candidatos para cursos semipresenciais em gestão pública

04/set, 7h04 - Ensino e inclusão de pessoas com deficiência no meio educacional serão discutidos em congresso

Classificar por categorias (30 textos mais recentes de cada):
Artigos
Calouradas
Conferência das Humanidades
Destaques
Domingo no Campus
Eleições Reitoria
Encontro da AULP
Entrevistas
Eschwege 50 anos
Estudante
Eventos
Festival de Inverno
Festival de Verão
Gripe Suína
Jornada Africana
Libras
Matrícula
Mostra das Profissões
Mostra das Profissões 2009
Mostra das Profissões e UFMG Jovem
Mostra Virtual das Profissões
Notas à Comunidade
Notícias
O dia no Campus
Participa UFMG
Pesquisa
Pesquisa e Inovação
Residência Artística Internacional
Reuni
Reunião da SBPC
Semana de Saúde Mental
Semana do Conhecimento
Semana do Servidor
Seminário de Diamantina
Sisu
Sisu e Vestibular
Sisu e Vestibular 2016
UFMG 85 Anos
UFMG 90 anos
UFMG, meu lugar
Vestibular
Volta às aulas

Arquivos mensais:
outubro de 2017 (1)
setembro de 2017 (33)
agosto de 2017 (206)
julho de 2017 (127)
junho de 2017 (171)
maio de 2017 (192)
abril de 2017 (133)
março de 2017 (205)
fevereiro de 2017 (142)
janeiro de 2017 (109)
dezembro de 2016 (108)
novembro de 2016 (141)
outubro de 2016 (229)
setembro de 2016 (219)
agosto de 2016 (188)
julho de 2016 (176)
junho de 2016 (213)
maio de 2016 (208)
abril de 2016 (177)
março de 2016 (236)
fevereiro de 2016 (138)
janeiro de 2016 (131)
dezembro de 2015 (148)
novembro de 2015 (214)
outubro de 2015 (256)
setembro de 2015 (195)
agosto de 2015 (209)
julho de 2015 (184)
junho de 2015 (225)
maio de 2015 (248)
abril de 2015 (215)
março de 2015 (224)
fevereiro de 2015 (170)

Expediente