Universidade Federal de Minas Gerais

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Gilberto Costa descreveu os vapores expelidos na cratera do vulcão Vulcano, na Itália

Livro de professor do IGC reúne informações sobre rochas e suas aplicações

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014, às 5h58

As rochas ígneas são as que se formam a partir da cristalização de um magma, como acontece no interior da crosta terrestre ou como resultado de atividades vulcânicas, na superfície; as metamórficas, por sua vez, são geradas por transformações dessas e de outras rochas, em estado sólido. As características desses dois tipos, seus afloramentos (locais onde elas ocorrem) e suas aplicações – na construção civil, por exemplo – são aspectos tratados por obra recém-publicada que pretende preencher uma lacuna nessa parte da literatura técnica em português.

Rochas ígneas e metamórficas: texturas e estruturas (Editora UFMG), do professor Antônio Gilberto Costa, do Departamento de Geologia do Instituto de Geociências (IGC), pretende oferecer aos estudantes, pesquisadores e outros interessados informações até então encontradas apenas em atlas estrangeiros, menos acessíveis em função de custo e idioma.

O livro descreve diversos tipos de rochas nacionais e estrangeiras, como o quartzito, o basalto, a pedra-sabão e o granito, dos pontos de vista macro e microscópico, mostrando de que minerais são compostas e como eles estão organizados, o que define propriedades. Esse é o objeto da petrografia – e entender essas características, segundo o autor, é fundamental para o aprofundamento na petrologia, o estudo de como as rochas se formam.

“Depois das descrições macroscópicas, passa-se às de maior detalhe, por meio da observação das lâminas ou seções delgadas. A petrografia microscópica permite obter informações importantes que levam às conclusões petrológicas, ligadas à gênese das rochas”, explica Antônio Gilberto Costa, que coordena o Laboratório de Caracterização Tecnológica de Rochas com Aplicação Industrial (LabTecRochas), vinculado ao Centro de Pesquisas Professor Manoel Teixeira da Costa. Ele acrescenta que rochas do mesmo tipo podem ter idades muito diferentes, mas uma série de condições determina as regiões em que elas podem ocorrer.

O professor comenta que, em sua obra, a textura de uma rocha é entendida como resultado das relações geométricas entre os seus componentes (apenas cristais ou cristais e materiais amorfos). “Como o estudo das lâminas delgadas propicia visão apenas bidimensional, é necessário fazer deduções a partir da observação da disposição dos cristais".

Revestimento e pavimentação
Antônio Gilberto Costa ressalta que, se é importante conhecer características e formação das rochas, também não se pode perder de vista sua aplicação no dia a dia. Elas são usadas em pisos, revestimentos, mesas, utensílios, pavimentação urbana, entre diversas outras finalidades. “As rochas geram benefícios e recursos, e podem estar relacionadas ao futuro profissional de muitos geólogos”, lembra o professor. Embora a geologia em Minas Gerais tenha se dedicado historicamente mais ao ouro e ao minério de ferro, o estado tem grande potencial também para a exploração de rochas.

As possibilidades de aplicação dos materiais pétreos são verificadas por meio de ensaios tecnológicos que avaliam diversos aspectos. É preciso determinar peso específico, porosidade e absorção (algumas rochas são mais indicadas para ambientes externos, expostos à água), resistência à compressão, à flexão e ao desgaste (pedra-sabão e mármore não servem bem ao piso de shoppings, por exemplo, que enfrentam uso intenso).

Outro teste importante é o de dilatação térmica linear, que avalia expansão e contração causadas por variação de temperatura. “Esse conhecimento é fundamental na hora de exportar, já que determinadas regiões do planeta estão expostas a temperaturas muito diferentes. A própria oscilação entre o dia e a noite pode levar à fadiga da rocha em prazos mais longos”, exemplifica Costa.

As rochas passam também pelos chamados ensaios gelo-degelo, exigidos para aplicação em locais com temperaturas negativas. Segundo o professor do IGC, a água que penetra pelos poros e microfissuras da rocha transforma-se em cristais com a queda acentuada de temperatura, e esses cristais exercem pressão interna. Quando eles derretem, já criaram espaço para a entrada de maior quantidade de água. “Esse processo leva à fadiga, e mais cedo ou mais tarde a rocha vai começar a se romper”, afirma Antônio Gilberto Costa.

Normas revistas
O geólogo informa que as relações entre características, como aquelas levantadas pela petrografia, e aplicações das rochas são tema de regulamentação pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que, no momento, revê suas normas para adaptação às exigências da União Europeia.

“Os países europeus, que recentemente unificaram suas regras, são os maiores compradores de rochas do Brasil, por isso é interessante que trabalhemos sob os mesmos critérios”, diz Costa, que integra a comissão da ABNT responsável pela revisão dessas normas.

Livro: Rochas ígneas e metamórficas: texturas e estruturas
De Antônio Gilberto Costa
Editora UFMG
189 páginas / R$ 85 (preço de capa)

(Itamar Rigueira Jr/Boletim 1853)

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