Universidade Federal de Minas Gerais

Em mesa-redonda, especialistas discutem implicações do Plano Real na economia brasileira

quinta-feira, 18 de setembro de 2014, às 13h34

Se, de um lado, o Plano Real foi extremamente bem-sucedido em relação ao controle da inflação, por outro, agravou a vulnerabilidade da economia brasileira diante de turbulências externas. Essa é avaliação do professor João Machado Borges, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), que participou da mesa-redonda 20 anos de Plano Real, realizada na tarde de ontem, 17, no Seminário sobre a Economia Mineira, em Diamantina.

“As deficiências do Plano não foram enfrentadas de forma consistente durante os oito anos do governo Fernando Henrique Cardoso, tampouco nos 12 anos com o PT à frente. O primeiro não enxergava os problemas, e os sucessores adotaram medidas que os tangenciaram, como o aumento de exportações de produtos primários e a diplomacia mais participativa”, completou Borges.

Segundo o professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Wilson Suzigan, mediador da atividade, a entrada em vigor do plano, em julho de 1994, foi acompanhada de altíssima elevação da taxa de juros reais e controle do câmbio como instrumento de promoção do equilíbrio fiscal. “A estabilização monetária efetivou-se, mas o equilíbrio fiscal não foi alcançado”, resumiu.

O aumento da dívida pública e a fuga de capitais do país foram apontados pelo coordenador como implicações negativas da política fiscal inaugurada por Fernando Henrique.

Decisivo nas eleições
João Machado Borges lembrou que o Plano Real foi o motor da eleição de Fernando Henrique Cardoso, seu mentor, à Presidência da República, em 1994. “Sua aprovação foi praticamente um consenso, exceto para a vertente derrotada no pleito”, comentou o professor.

A crítica dos opositores do plano, como explica Borges, foi fundamentada, principalmente, na ancoragem cambial promovida na época, o que ocasionou relativa perda de autonomia monetária nacional.

Em sua explanação, o professor Carlos Pinkusfeld Bastos, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), discorreu sobre casos mundiais de superação da hiperinflação. “Vários países, em algum momento, resolveram a hiperinflação. Não é exclusividade nossa”, pontuou, acrescentando que o contexto de estabilização econômica brasileira foi precedido por grande fluxo de dinheiro que entrou no país. “Chovia dinheiro no mundo”, disse.

No encerramento da conferência, o consultor Ricardo Gazel, do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), fez um apanhado histórico das moedas que vigoraram no Brasil desde a época do Império. “Por conta de tantos ajustes no valor de nossa moeda, um real de hoje vale 2,75 quatrilhões de réis de 1942”, comparou.

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