Nesta terça-feira, 30, os professores Luiz Souza, da Escola de Belas Artes, e Antonio Sgamellotti, da Universidade de Perugia (Itália), lançam em Belo Horizonte o livro Ciência e Arte – A Superfície Pintada, que aborda a relação entre as ciências exatas e humanas na conservação e restauração de obras de arte.
Em palestra com o mesmo tema, os dois pesquisadores irão demonstrar como a colaboração entre as ciências pode levar a um entendimento mais aprofundado da história da arte e a um maior conhecimento sobre as técnicas de conservação-restauração.
Com tradução simultânea e entrada franca sujeita à lotação do espaço (200 lugares), o evento será às 19h30 na Casa Fiat de Cultura (Praça da Liberdade, 10, 4º andar).
O livro
Editado por Antonio Sgamellotti, Brunetto Giovanni e Constanza Miliani, o livro de 27 capítulos traz uma série de estudos de caso – escritos por cientistas, historiadores da arte, arqueólogos e conservadores – que abrangem pinturas da história antiga e da Renascença, modernas e contemporâneas, que pertencem à expressão artística de diversas regiões do mundo, incluindo Oriente, América e Europa.
O capítulo 22 foi escrito por pesquisadores do Laboratório de Ciência da Conservação (Lacicor), vinculado ao Centro de Conservação e Restauração de Bens Culturais (Cecor), da Escola de Belas Artes da UFMG. Nele são descritos estudos sobre materiais e técnicas do pintor Cândido Portinari, com destaque especial para o trabalho realizado pelo grupo nos painéis Guerra e Paz, de propriedade das Nações Unidas, em Nova York, restaurados no Brasil em 2011 e expostos no Brasil e na França, entre 2011 e 2014.
Equipamentos
Nesta segunda-feira, 29, Sgamellotti acompanha Luiz Souza em atividades que serão realizadas no Lacicor, com testes de equipamento digital de radiografias-X, adquirido em colaboração com o Ministério Público Federal. Segundo Luiz Souza, a aquisição do equipamento “agilizará em muito o processo de radiografia de bens culturais, pois, além de gerar imagem digital diretamente pela digitalização do filme, evita o uso de processamento químico do filme radiográfico, o que é vantajoso para o meio ambiente”.
O processo permitirá ao Lacicor “atender melhor ao curso de Conservação-Restauração, às pesquisas de pós-graduação, às atividades do Cecor e a outras parcerias e atividades”, ressalta.
O professor comenta que a parceria com o Ministério Público Federal tem proporcionado ao Lacicor a oportunidade de novos projetos, compra de equipamentos e diversas outras ações de aprimoramento dos mecanismos de estudos, proteção e preservação do patrimônio histórico e cultural brasileiro.
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