Mais de 600 trabalhos são apresentados no 17º Encontro de Extensão da UFMG

Destinado a bolsistas, estagiários e voluntários, o 17º Encontro de Extensão da UFMG integra a Semana do Conhecimento 2014 e reúne, neste ano, mais de 600 estudantes, cerca de 120 avaliadores distribuídos em 22 unidades acadêmicas e mais de 100 servidores dos 28 centros de extensão (Cenex) e da Pró-reitoria de Extensão.

A proposta da atividade é descentralizar a mostra de trabalhos, levando-os a todas as unidades da UFMG, como explica a pró-reitora adjunta de Extensão, Claudia Mayorga. “A mudança se deveu a uma demanda da comunidade acadêmica, já que, nas unidades acadêmicas, os pôsteres podem ter maior visibilidade do que reunidos em um único local, como ocorreu em anos anteriores”. Em cada uma das unidades, o responsável pela organização é o Cenex, o que, segundo a pró-reitora adjunta, “contribui fortemente para o sucesso do Encontro.”

Em Montes Claros, que concentra 15% dos trabalhos inscritos, as apresentações serão realizadas hoje (14), das 14h às 18h, no Ginásio Poliesportivo do Instituto de Ciências Agrárias (ICA).

Apresentações
Entre os alunos que aguardavam a chegada das comissões avaliadoras, compostas por professores e servidores técnico-administrativos da UFMG, está a estudante do 6º período de Biblioteconomia Madelaine Rodrigues, que espera que seu trabalho esteja entre os finalistas.

“Apesar de ansiosa, estou confiante que o projeto será indicado à premiação. Desenvolvemos um trabalho que propõe democratizar a informação de uma maneira organizada e acessível a todos os públicos. Informação é poder, e não podemos silenciá-la, deixando que apenas os integrantes do projeto tenham acesso a ela”, afirma.

A aluna do 8º período de Comunicação Social Bárbara Silva, que já participou de outras ações de extensão e atualmente integra o projeto Ativismo cibernético e empoderamento feminino, estava tranquila durante a espera pelos avaliadores. “A experiência adquirida nas outras apresentações faz com que eu mantenha a calma na hora de mostrar aos avaliadores o meu trabalho", afirma. "O encontro é um momento não só para dar visibilidades aos nossos projetos, mas também para conhecermos outros que estão sendo desenvolvidos na Universidade”, completa.

Para Lucas Castro, estudante do 4º período de Ciências Biológicas, a extensão tem papel fundamental para a Universidade. “Ela não deve ser opção, mas obrigação de toda universidade pública, mantidas por recursos públicos. Então, devem devolver para a sociedade – seja na forma de projetos, programas, cursos – todo o conhecimento produzido na academia”, opina.

Ele entende que o encontro deveria reunir novamente projetos de diferentes áreas. “Deveria ser realizado de forma global e não descentralizado por unidades", sugere. No formato atual, acredita, o evento prejudica a interdisciplinaridade, "pois os estudantes acabam perdendo a oportunidade de conhecer ações realizadas por outras áreas do conhecimento". O estudante também gostaria que o encontro fosse visitado pelo público externo, "para que as pessoas saibam o que está sendo desenvolvido dentro da universidade”, completa.

Na Escola de Enfermagem, unidade que concentra o maior número de trabalhos nesta edição, as apresentações terminam hoje. "É uma oportunidade de mostrar os 68 trabalhos, um número muito significativo, e dar visibilidade às ações de extensão desenvolvidas, na Escola, pelos alunos e professores dos cursos de Enfermagem, Nutrição e Gestão de Serviços de Saúde", explica a coordenadora do Cenex, Annette Souza Silva Martins da Costa.

A opinião é compartilhada pelas estudantes Maria e Jordânia, que apresentaram projeto em parceria. "Este evento é uma forma de mostrar o trabalho que fazemos não só para a UFMG, mas para todas as pessoas interessadas. Eu, por exemplo, não sabia quantas ações de extensão existem nas áreas de Nutrição e Enfermagem e pude ver isso aqui, com as outras apresentações", enfatizou Maria.

Na Faculdade de Direito, quem também apresentou pôster foi o estudante do Teatro Universitário e bolsista de extensão Gabriel Couto Pereira. Ele resumiu, em dez minutos, os 18 anos de atuação e as quatro esquetes montadas neste ano pelo grupo A Trupe a Torto e a Direito, coordenada pelo professor Fernando Limoeiro. "Essa ação depende da interação que tem com o público. O retorno é imediato. A cada apresentação somos retroalimentados pelas pessoas, que dão opinião sobre a dramaturgia das esquetes", explica.

Avaliação
Após a primeira etapa de apresentações, serão selecionados pelos avaliadores 10% dos trabalhos de cada unidade, que serão reavaliados na quinta-feira, 16, das 10h às 12h, no mezanino da Reitoria.

Os finalistas serão escolhidos pelos membros da Câmara de Extensão. A premiação será na sexta-feira, 17, às 15h, no auditório da Reitoria. Na ocasião, 16 trabalhos de áreas distintas receberão os prêmios, sendo oito como Destaque de Extensão e outros oito como Menção Honrosa.

(William Campos Viegas/Proex, com Assessoria da Escola de Enfermagem da UFMG)