Ressaltou que a UFMG tem contribuído de diversas maneiras para o avanço da ciência, da tecnologia, das políticas públicas e da cultura de Minas Gerais e do país e afirmou que esse é o melhor papel que cabe a uma instituição de ensino superior mantida majoritariamente com recursos públicos. “Acreditamos, a professora Sandra Goulart Almeida e eu, que, neste momento, nossa opinião como pessoa física pouco importa. O que importa é a responsabilidade da UFMG em servir ao país que a sustenta", reiterou. Jaime Ramírez afirmou que “nos últimos 12 anos, em particular no ensino superior, o país avançou muito nos campos da educação, da saúde, dos direitos humanos, na direção de uma sociedade mais justa e mais igual. E ponderou: "Temos que reconhecer que ainda há muito a se fazer”. Ele abordou ainda o compromisso do atual Reitorado com a valorização da diversidade e da diferença, incluindo a opinião e as escolhas, e com a gestão colegiada. “Nesse sentido, sempre nos subordinaremos ao Conselho Universitário, tanto nas questões acadêmicas quanto políticas”, assegurou, lembrando que cada um fará sua escolha “com seu próprio juízo, com suas crenças, quaisquer que sejam, com seus princípios, com sua utopia e também com a sua miopia”. Prêmio Agraciados Jaime Ramírez observou que, sendo um caminho para o conhecimento, a ciência e as artes “nos oferecem oportunidade de estar sempre buscando e crescendo com a busca”. Disse que todos os premiados “se aventuraram no desconhecido, no imprevisível, com criatividade, talento, dedicação e superação”, e os parabenizou em nome da Universidade, desejando que “levem consigo, qualquer que seja o caminho, a marca indelével da UFMG: a qualidade e o compromisso com a sociedade que nos sustenta”.
Ao encerrar a solenidade da entrega do Prêmio UFMG de Teses 2014, na noite desta quarta-feira, 15, o reitor Jaime Ramírez fez menção especial ao Dia do Professor. Contou como surgiu o prêmio que, neste ano, chega à oitava edição e falou sobre o momento de escolha por que passa o Brasil.
Jaime Ramírez contou que, em 2006, ao acompanhar a então reitora Ana Lúcia Gazzola à entrega da primeira edição do Prêmio Capes de Teses, ambos constataram que poucos trabalhos da UFMG concorriam naquela premiação. “A reitora me mirou com um olhar que dispensava palavras”, brincou. De volta à Universidade, após consulta a coordenadores de programas de pós-graduação e diretores de unidades “inspirados pela ideia nacional, propusemos o equivalente na UFMG”, relembra.
Ao cumprimentar os autores das 45 teses que nesta noite receberam o Prêmio UFMG de Teses 2014, o reitor questionou: “por que dedicar a vida ao ensino, à ciência, às artes e à pesquisa?” E afirmou que a ciência e as artes abrem portas para o desconhecido, para o que foge dos sentidos. “Aquilo que não vemos ou ouvimos é tão real quanto o que percebemos. O que ainda não sabemos importa mais do que aquilo que já conhecemos”, assegurou.