Mais de cinco mil alunos de graduação da UFMG atuam anualmente como bolsistas em diversas modalidades de projetos que incluem monitorias, iniciação na produção do conhecimento e ações que ampliam e fortalecem a relação entre a universidade e a sociedade. Custeadas com recursos da própria Universidade ou oriundos de agências de fomento, as bolsas, com valor médio de R$ 400 mensais, são definidas em editais geridos pelas pró-reitorias acadêmicas de Graduação, de Pesquisa e de Extensão. Há ainda, para o estudante, a possibilidade de atuar como voluntário. Foca Lisboa Graduação Só a Pró-reitoria de Graduação (Prograd) distribui cerca de 1.800 bolsas no âmbito da graduação, além de outras 700 para alunos de pós-graduação que apoiam projetos de fomento de ensino de graduação. De acordo com o professor Carlos Henrique Costa Moreira, diretor de Mobilidade, Estágios e Bolsas da Prograd, embora a maioria dos programas selecione alunos a partir do segundo período, há algumas modalidades de bolsas que podem ser recebidas desde o primeiro semestre, como o Programa Acadêmico de Promoção da Inclusão e Acessibilidade (Papia), iniciado em 2014, no qual os bolsistas trabalham com metas diversas em relação à inclusão e à acessibilidade. Carlos Henrique Costa Moreira também destaca, na graduação, as bolsas de mobilidade nacional, iniciativa coordenada pela Associação Nacional de Dirigentes de Ensino Superior (Andifes), com recursos financeiros da Prograd e da parceria entre Andifes e Banco Santander. O diretor explica que o Ministério da Educação tem estimulado o intercâmbio de estudantes de graduação entre as Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes). “A cada semestre enviamos cerca de 40 alunos da UFMG para outras Ifes pelo Brasil e recebemos em torno de 50 a 60”, contabiliza. Em sua opinião, a iniciativa é interessante ao aluno, não só pela experiência de viver em outro estado ou cidade, mas também para que ele aproveite possibilidades formativas que a UFMG não oferece. “O intercambista pode, assim, usufruir de conhecimentos que estão espalhados pelo Brasil a fora, com um suporte institucional que lhe permite aproveitar créditos da instituição receptora e saia daqui com tudo bem organizado, para se encaixar no curso quando retornar”, comenta. O professor destaca a forma inovadora na concessão do benefício. “A seleção depende do rendimento acadêmico do aluno, mas o valor da bolsa depende da situação socioeconômica”. Para participar do programa, o aluno deve fazer contato com a universidade na qual tenha interesse, elaborar plano de estudos, com o suporte do seu colegiado e do colegiado receptor. “A partir do segundo ano de curso, o aluno pode fazer um semestre fora de Belo Horizonte”, afirma Carlos Henrique Costa Moreira. Para concorrer às bolsas da Prograd, o aluno deve ficar atento aos editais abertos pelos departamentos, colegiados e coordenadores de programas. Foca Lisboa Iniciação Científica Os diversos programas oferecidos por agências de fomento têm o objetivo de promover a iniciação do aluno na produção do conhecimento e sua convivência cotidiana com o procedimento científico em suas técnicas, organização e métodos, bem como estimular seu engajamento no desenvolvimento e na transferência de novas tecnologias e inovação. “O programa de bolsas de IC é muito caro à UFMG porque tem impacto direto em uma área prioritária, que é a pesquisa”, ressalta a pró-reitora adjunta de Pesquisa, professora Mônica Maria Diniz Leão, lembrando que grande parte dos alunos que passaram pela IC tornaram-se pesquisadores, entre os quais ela se inclui. Outro benefício destacado pela professora é a participação dos bolsistas na Semana do Conhecimento, que expõe e premia os melhores trabalhos em todas as áreas. “Os alunos têm um grande prazer em participar. É muito bonito de se ver”, relata Mônica Leão. A pró-reitoria de Pesquisa oferece em torno de 2.300 bolsas para alunos de graduação, além de 175 para estudantes do ensino médio e 340 vagas para alunos voluntários, regularmente matriculados na graduação, que não possuem bolsa. O Programa de Iniciação Científica Voluntária é regido pela Resolução da UFMG 13/2011, de 17 de maio de 2011. Em todos os programas de Iniciação Científica da UFMG, a solicitação de bolsa ou de vaga para indicação de voluntários é feita pelo professor orientador, via sistema de fomento. O aluno interessado em participar deve entrar em contato com o professor de sua área de interesse para obter mais informações e com o Núcleo de Apoio à Pesquisa (NAPq) de sua unidade acadêmica. Os editais dos programas e outras informações estão disponíveis no site da Pró-reitoria. O único programa de Iniciação Científica a que o aluno se candidata para obtenção da bolsa é o Jovens Talentos Para a Ciência, da Capes, destinado a alunos que ingressaram recentemente na UFMG e que estejam cursando o primeiro ou o segundo períodos na época da inscrição. Informações sobre processos seletivos anteriores podem ser obtidas na página da Capes. Luiza Ananda Extensão A partir de 2015, todas as bolsas terão vigência de 12 meses, com início em março. Entre as modalidades de bolsas de extensão concedidas por meio desse edital, as bolsas Pbext Ação Afirmativa são exclusivas para alunos classificados socioeconomicamente nos níveis I a IV pela Fundação Universitária Mendes Pimentel (Fump) e discentes que ingressaram na UFMG pelo sistema de bônus ou cotas. A iniciativa, de acordo com a pró-reitora de extensão, "contribui para a democratização do acesso às atividades acadêmicas e para o fortalecimento da trajetória dos cotistas na Universidade”. Em 2015, está previsto o lançamento de editais para concessão de outras modalidades de bolsas de extensão. Em maio, será realizada a Jornada de Extensão, evento anual no qual os novos bolsistas serão recepcionados. Além de ficar atentos ao período de seleção, que consta nos editais de cada ação de extensão, os alunos interessados devem acompanhar informações sobre a extensão e oportunidades de bolsas no site da Proex, acessando, na página inicial, a guia ‘Área do Aluno’. Os interessados também podem recorrer aos centros de Extensão (Cenex) de cada unidade, cuja lista está disponível no site da Proex ou ainda pelo Sistema de Informação da Extensão (Siex). "O objetivo é que o maior número possível de discentes participe dos processos seletivos", conclui Benigna Maria de Oliveira.
Bolsistas expõem trabalhos em evento anual
O extenso sistema de bolsas da graduação inclui mais de dez modalidades, entre as quais a monitoria, em que alunos de graduação oferecem suporte didático a professores; o Pronoturno, que beneficia alunos dos cursos noturnos com potencial acadêmico diferenciado; e a complementação de bolsas do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), concedidas a alunos de mestrado e
doutorado envolvidos nas atividades de expansão.
Desde a graduação, estudantes têm acesso a laboratórios e a grupos de pesquisa
A passagem pela Iniciação Científica (IC) como bolsista ou voluntário é ponto comum em praticamente todos os currículos daqueles que nas últimas décadas seguiram carreira acadêmica na UFMG ou em outras instituições.
Semana do Conhecimento premia melhores trabalhos
As atividades de extensão se dão sob a forma de programas, projetos, cursos, prestação de serviços, assessorias e consultorias, nas áreas técnica, científica, artística e cultural, com o objetivo de promover a interação transformadora da universidade com outros setores da sociedade.
Destinado a estudantes que atuam em ações de extensão universitária, o edital de Fomento de bolsas para programas e projetos de extensão oferece em torno de mil bolsas a graduandos de vários cursos da Universidade. Segundo a pró-reitora de Extensão, professora Benigna Maria de Oliveira, “o objetivo do edital é fortalecer o papel da extensão na formação acadêmica, pessoal e social do estudante.