Universidade Federal de Minas Gerais

Foca Lisboa/UFMG
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Atividades integram Festival de Verão, que acontece de hoje, 9, até dia 13 em Belo Horizonte

Conservatório abriga ciclo de palestras gratuitas de terça a sexta

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015, às 5h49

Do dia 10 ao dia 13, o Conservatório UFMG sediará um ciclo de palestras inseridas na programação do 9º Festival de Verão. Gratuita e aberta ao público, as atividades serão realizadas de 10h às 12h, no miniauditório da instituição.

Serão duas comunicações por dia, oito no total, abrangendo temas diversos – das narrativas de grupos minoritários às questões demográficas brasileiras, passando pela atual crise hídrica e pelas narrativas visuais LGBTTI, entre outros assuntos.

Na terça-feira, 10, serão proferidas as palestras Performances nas imagens: narrativas visuais LGBTTI como cuidado de si e Teatralidades no corpo – o espaço cênico somos nós.

Em Performances nas imagens, o professor do Departamento de Comunicação Social Carlos Magno Camargos Mendonça vai falar sobre o funcionamento das performances visuais de pessoas trans como narrativas de resistência aos enunciados simbólicos de ódio.

Já em Teatralidades no corpo, Marina Marcondes Machado, do Departamento de Fotografia, Teatro e Cinema da Escola de Belas Artes, promete focalizar as noções da espacialidade na cena contemporânea, com base nos princípios filosóficos da fenomenologia de Maurice Merleau-Ponty. O objetivo é discutir as possibilidades da leitura do corpo como uma espécie de “espaço cênico”.

Os desafios brasileiros
(Foto: Vagner Campos/Fotos Públicas. Sistema Cantareira, SP)
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Na quarta-feira, 11, o Conservatório sedia uma palestra sobre demografia e outra sobre o assunto do momento: a crise da água.

Em O novo padrão demográfico brasileiro: enormes surpresas, oportunidades passageiras, desafios permanentes!, José Alberto Magno de Carvalho, professor emérito e pesquisador do Cedeplar, na Face, vai abordar o declínio da fecundidade e a diminuição do tamanho absoluto da população, prevista para os próximos 25 anos.

“A proporção da população com 65 anos ou mais de idade, que era inferior a 3% até 1970, tende a atingir em torno de 18% até meados do século”, detalha o professor na sinopse de sua palestra. “A rapidez e a profundidade de tais mudanças não encontram paralelo em outros países de primeiro mundo”, afirma Carvalho.

No mesmo dia, o professor aposentado da Escola de Engenharia Leo Heller fará a palestra A humanidade e a água. Relator especial da ONU sobre água e saneamento, Heller vai falar sobre o direito humano à água segura e ao esgotamento sanitário e também das tensões envolvidas no fornecimento de água às populações mundo afora.

Luz e sombras
Na quinta-feira, 12, os palestrantes vão tratar de luz e teatro. Em Teatro grego – teatro do povo para o povo, Tereza Virgínia Ribeiro Barbosa, da Faculdade de Letras, fará abordagem contemporânea de leitura e encenação de tragédias gregas.

Para ministrar a palestra Trabalhando o conceito de luz em diferentes momentos históricos e sociais, o Conservatório vai receber o doutor em física e professor da UFRJ, Ildeu de Castro Moreira. Em sua apresentação, Ildeu discutirá a evolução do conceito de luz em diferentes momentos das civilizações e as soluções tecnológicas apresentadas por diferentes grupos sociais para promover a interação entre os conceitos de universo e tecnologia.

O corpo é uma festa
(Imagem: Criação Cedecom)
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No último dia de Festival, sexta-feira, 13, o Conservatório UFMG vai abrigar as duas últimas palestras. A comunicação Letra, corpo e música: conversões performáticas será feita por Adélcio de Sousa Cruz, professor da Universidade Federal de Viçosa (UFV), que vai tratar do diálogo entre literatura e música, teatro e performance, sempre com foco nos efeitos desse trânsito sobre o corpo.

Por sua vez, Ridalvo Felix de Araújo – que recentemente defendeu no Programa de Pós-graduação em Estudos Literários da UFMG uma dissertação focada no assunto – ministra a palestra Performances ritualísticas na tradição do Candombe da Lapinha. Ele vai abordar a prática ritualística do Candombe no universo temático do Festival: “corpo” e “festa”.