Universidade Federal de Minas Gerais

Fotos: Silvia Dalben/divulgação
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Show e performances chamam atenção no entorno do Centro Cultural

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015, às 11h09

Desenvolvidas em diálogo com duas oficinas, as intervenções urbanas Aproximação-ação: Palhaço e Classificação zoológica da mulher chamaram a atenção de quem circulou pelo entorno do Centro Cultural nesta quarta-feira, 11.

Inicialmente, a intervenção Aproximação-ação: Palhaço seria realizada pelos professores Fernando Oliveira e Francis Severino. Contudo, devido ao bom andamento da oficina, eles resolveram escolher três alunos para apresentar o que tinham aprendido na atividade.

Na oficina, por meio de relatos pessoais, os professores buscam o palhaço que existe no íntimo de cada participante. Com base nos exercícios, foram selecionadas três performances – Boneco, Violão e Mágico – para serem apresentadas na rua, em aula aberta.

“Além de experimentar o contato com o público, essa pequena mostra traz a pessoa para o risco real, e assim ela pode, desde o início, utilizar isso como mais uma ferramenta para aprender e se aperfeiçoar”, explica o professor Fernando Oliveira.

O palhaço fabricado
_MG_1857%20-%20Oficina%20Palha%E7o.JPG Manipulando o boneco João Paruto, o estudante de teatro universitário César Prates Macedo conta que é a segunda vez que faz uma oficina desse tipo. “Mas eu nunca tinha feito um exercício como o de hoje. Por fazer teatro, eu tenho muito interesse em pesquisar o palhaço. Essa oportunidade de experimentar o público é muito interessante.”

O estudante Rodrigo Souza Santos acabou perdendo o ônibus para ajudar no número de mágica. “Eu estava passando e parei para ver porque chamou atenção. Achei o mágico criativo e engraçado, e ele me chamou para participar. Foi bem divertido.”

O humano fabricado
Na segunda intervenção, as professoras da oficina Como se fabrica uma mulher? Nina Caetano e Lissandra Guimarães realizaram a performance Classificação zoológica da mulher. O objetivo da ação de rua foi problematizar os vários estereótipos do feminino, associando-os às nomenclaturas animais que povoam o imaginário sobre a mulher.

Em ação no entorno do Centro Cultural, as duas performers criaram imagens provocantes com base na relação entre “corporalidades animais” e placas escritas.

Cobertas de preto, as performers do grupo Obscena percorreram as ruas seguidas pelos olhares atentos e intrigados dos passantes. Os mais curiosos interagiam e liam as placas penduradas no pescoço da professora Nina Caetano. Uma delas continha a frase “Cuidado! Não se alimente com ideias, pode ser perigoso”.

_MG_1907%20-%20Interven%E7%E3o%20Classifica%E7%E3o%20Zool%F3gica%20da%20Mulher.JPG Amanhã, no último dia da oficina Como se fabrica uma mulher?, a performance será realizada pelas próprias participantes da atividade, com base nos exercícios desenvolvidos durante o curso. A caracterização de seus corpos será feita por meio de colagens com objetos associados ao universo feminino, como recortes de jornais e peças de propaganda.

Fechando a programação do dia, o multi-instrumentista Mamour Ba e a banda Conexão African Beat fizeram o show O poder do ritmo, caracterizados pela presença marcante de tambores e a improvisação no diálogo entre os instrumentos. Mamour Ba também está ministrando a oficina Corpo e espiritualidade, que vem sendo realizada no Centro Cultural.